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SP proíbe bebidas alcoólicas em restaurantes e conveniências após as 20h

Lucas Borges Teixeira, Douglas Porto, Stella Borges e Allan Brito

Do UOL, em São Paulo

11/12/2020 13h47Atualizada em 11/12/2020 16h47

O governo de São Paulo anunciou hoje a proibição da venda de bebidas alcoólicas em restaurantes e conveniências após as 20h. A gestão de João Doria (PSDB) decidiu também limitar o horário de funcionamento dos bares para as 20h —antes estava permitido até as 22h. Ao mesmo tempo, houve ampliação de 10 horas para 12 horas no horário de funcionamento do comércio. As medidas começam a valer a partir de amanhã.

Os restaurantes podem funcionar até as 22h, como prevê a fase amarela do Plano São Paulo, mas deverão encerrar a venda de bebida alcoólica até as 20h. O mesmo funciona para as lojas de conveniência.

"Em função de fenômeno que sabemos que ocorre, quando bares estão fechados, a população usa serviços de conveniência e promovem aglomerações em outros locais. Então, ficará valendo a partir de amanhã que lojas de conveniência em perímetros urbanos poderão atender com capacidade máxima de 40% e venda de bebida alcoólica até as 20h", explicou o coordenador-executivo do Centro de Contingência do coronavírus em São Paulo, João Gabbardo.

A mudança se dá em meio ao aumento das internações entre jovens. De acordo com o governo paulista, entre março e novembro, a faixa etária com maior demanda por leitos se dava entre 55 e 75 anos. Nas últimas três semanas, caiu a faixa entre 30 e 50 anos. Pessoas de 20 a 39 anos —principal público dos bares— representam 40% das internações e 3,6% dos óbitos.

Bares

Além de precisar fechar as portas às 20h, os bares só podem funcionar com 40% de sua capacidade, conforme prevê a fase amarela do Plano São Paulo.

Os estabelecimentos também só podem funcionar com "serviço sentado", ter mesas com até seis pessoas e cumprir protocolos determinados pela vigilância sanitária, como aferição de temperatura, disponibilização de álcool em gel e distanciamento mínimo de 1,5 metro entre as mesas.

Gabbardo disse que epidemiologistas de todo o mundo consideram que bares são os locais mais propícios para a transmissão do vírus.

"Nessa questão do lazer noturno, o centro de contingência detectou necessidade de medidas mais duras para que possa reduzir transmissibilidade da doença", explicou.

O secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, reforçou que os idosos são o grupo que mais preocupa em relação à doença, mas também fez uma alerta para os mais jovens, lembrando que eles não estão imunes a contrair o vírus e podem transmitir para pessoas da família.

Jovem não é imune, pode adoecer e morrer em decorrência do vírus. Importante é lembrar o quanto ele é capaz de transmitir para pais, avôs e quem respeita quarentena em casa, pode evoluir para caso fatal. Jean Gorinchteyn, secretário da Saúde de SP