Secretário de São Paulo prevê recorde na média móvel de casos nesta quinta
O secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, afirmou hoje acreditar que a cidade alcançará nesta semana a maior média móvel semanal de casos confirmados de covid-19. O recorde negativo, segundo ele, deve ser atingido na quinta-feira: 20 mil casos.
"Há um sentimento de que a pandemia passou, mas não passou. Estamos em um nível acelerado", disse ele, em entrevista à CNN Brasil.
Para se ter ideia, a previsão da Secretaria Municipal de Saúde é que no dia 17 nós possamos ter na média móvel, de 7 dias, 20 mil casos. Isso é superior ao momento mais crítico da pandemia, que foi no final de abril e começo de maio. Depois isso vai significar um aumento de internações, ocupações de leitos, enfim... A pandemia não passou
Edson Aparecido, secretário de Saúde de São Paulo
O secretário também comentou sobre como estão os planos de São Paulo para iniciar a vacinação contra covid-19. Apesar de a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ainda não ter autorizado o uso emergencial ou definitivo de nenhum imunizante, Aparecido disse que a data de início do plano continua sendo 25 de janeiro.
Vacinação em hospital e shopping
Ele afirmou ainda que a vacinação será feita não só em unidades de saúde, mas também em pontos "satélites", como shoppings.
"Temos toda a estrutura de vacinação montada. Temos centro de armazenamento de imunobiológicos, que armazena mais de 7 milhões de vacinas. Desde quando receber as vacinas do laboratório, em menos de 36 horas, estarão disponíveis nas nossas unidades de saúde. São mil equipamentos de saúde entre UBS (Unidade Básica de Saúde), UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento) e hospitais, que serão amplamente divulgados para receber vacinação. E teremos 500 pontos satélites, incluindo shoppings, igrejas, mercados e drive-thru. E teremos mil unidades escolares, em que profissionais estarão administrando a vacina. Teremos 27 mil pessoas capazes de administrar 600 mil doses por dia", explicou o secretário.
Questionado sobre como evitar aglomerações ou possíveis confusões sobre grupos prioritários, ele explicou que utilizará a base de dados do SUS (Sistema Único de Saúde).
"Temos hoje 7,5 milhões de SUS dependentes. São pessoas cadastradas e serão vacinadas nas unidades disponíveis onde elas já são atendidas. Faremos todo esforço para não haver aglomeração. E também com informação para conter o ímpeto natural da pessoa de querer se vacinar. E para isso é fundamental o papel da imprensa também, para informar", destacou Aparecido.
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