Sem dados de SP e GO, Brasil tem 408 novas mortes e 15 estados em alta
Sem dados em dois estados, o Brasil registrou hoje 408 novos óbitos por covid-19 entre ontem e hoje, totalizando 186.773 pessoas mortas em decorrência do coronavírus no país. Com isso, apresentou 15 estados em alta na média móvel de mortes. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.
Desde o início da pandemia, foram contabilizados 7.237.350 testes positivos no Brasil — 24.680 deles nas últimas 24 horas.
A média móvel de mortos, calculada com base nas mortes diárias dos últimos 7 dias, está em 765. Isso representa uma aceleração de 27% em relação há duas últimas semanas.
Apenas o Nordeste apresentou estabilidade (15%), enquanto as demais regiões apresentam aceleração na taxa: Centro-Oeste (29%), Norte (21%), Sudeste (26%) e Sul (37%).
Sem contar São Paulo e Goiás, 15 estados registraram alta na média móvel. Sete mais o Distrito Federal permanecem estáveis e somente o Piauí e Tocantins apresentaram queda.
Pela segunda vez em menos de uma semana, São Paulo relatou problemas na inserção de dados. "Neste domingo (20), o Estado de SP foi novamente impossibilitado de fazer o processamento total de dados de COVID-19 devido a novas falhas no sistema SIVEP do Ministério da Saúde, impactando a atualização dos casos e óbitos nesta data. Problema similar ocorreu na última quarta-feira (16) e em diversos dias do mês de novembro", informou em nota.
Goiás não justificou o motivo pelo qual não divulgou dados até as 20 h de hoje.
Dados do Ministério da Saúde
Neste domingo (20), o Ministério da Saúde divulgou que o Brasil registrou 408 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. O total de óbitos provocados pela doença em todo o país chegou a 186.764 desde o início da pandemia.
De ontem para hoje, houve mais 25.445 casos oficiais para o novo coronavírus. Desde o começo da pandemia, o número de infectados no Brasil subiu para 7.238.600.
De acordo com a pasta, 6.245.801 pessoas se recuperaram da covid-19, com outras 806.035 em acompanhamento.
Especialistas indicam cálculo de média móvel
Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.
O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: aceleração (24%)
- Minas Gerais: aceleração (75%)
- Rio de Janeiro: aceleração (34%)
- São Paulo: estável (13%) *O estado não divulgou dados até às 20h deste domingo (20), por isso as informações de média móvel se referem ao dia anterior
Região Norte
- Acre: estável (15%)
- Amazonas: aceleração (20%)
- Amapá: estável (13%)
- Pará: aceleração (46%)
- Rondônia: aceleração (30%)
- Roraima: estável (6%)
- Tocantins: queda (-25%)
Região Nordeste
- Alagoas: aceleração (89%)
- Bahia: estável (11%)
- Ceará: estável (4%)
- Maranhão: estável (-4%)
- Paraíba: aceleração (39%)
- Pernambuco: estável (14%)
- Piauí: queda (-19%)
- Rio Grande do Norte: aceleração (38%)
- Sergipe: aceleração (45%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: estável (11%)
- Goiás: aceleração (21%)* O estado não divulgou dados até às 20h de hoje, por isso as informações de média móvel se referem ao dados do dia anterior
- Mato Grosso: aceleração (18%)
- Mato Grosso do Sul: aceleração (67%)
Região Sul
- Paraná: aceleração (74%)
- Rio Grande do Sul: aceleração (18%)
- Santa Catarina: aceleração (22%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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