Pelo 3º dia, Brasil tem mais de mil novas mortes; média fica acima de 700
Pelo terceiro dia consecutivo, o Brasil registrou mais de mil novas mortes por covid-19 nas últimas 24 horas. De ontem para hoje, foram confirmados 1.036 novos óbitos causados pela doença, aumentando para 194.976 o total de mortos desde o início da pandemia. As informações são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.
De acordo com os dados levantados pelo consórcio, os dias 29 e 30 tiveram, respectivamente, 1.075 e 1.224 novas mortes em um intervalo de 24 horas. Desde o intervalo entre 18 e 21 de agosto não havia uma sequência superior a dois dias com mais de mil novos óbitos entre um dia e outro.
Com isso, a média móvel de mortes voltou a ficar acima de 700, depois de seis dias abaixo. Foram 705 mortes em média nos últimos sete dias, o que representa uma estabilidade de -6% na comparação com 14 dias atrás. Esse é o oitavo dia que o país se mantém estável.
Houve 55.811 testagens positivas para a doença em todo o país de ontem para hoje. Desde o início da pandemia, o número de infectados chegou a 7.675.781. Foram 706 mortes em média nos últimos sete dias.
Dados da Saúde
Em boletim divulgado hoje, o Ministério da Saúde confirmou que foram cadastrados 1.074 novos óbitos provocados pela covid-19 de ontem para hoje. Desde o início da pandemia, 194.949 pessoas morreram.
De acordo com dados do Ministério, nos dias 29 e 30 houve 1.111 e 1.194 novas mortes, respectivamente. A última vez na qual houve uma sequência de pelo menos três dias com mais de mil óbitos no intervalo de 24 horas foi entre 18 e 21 de agosto.
De ontem para hoje, foram registrados 56.773 diagnósticos positivos para o novo coronavírus. Desde o começo da pandemia, o total de infectados no país subiu para 7.675.973.
Segundo o governo federal, 6.747.065 pessoas se recuperaram da doença, com outras 733.959 em acompanhamento.
Nove estados em alta
Nos estados, nove têm os registros em aceleração, enquanto cinco apresentam queda. Doze mais o Distrito Federal se mantém em estabilidade.
Três regiões do país também estão com óbitos estáveis: Centro-Oeste (2%), Nordeste (-7%) e Sudeste (-6%). Apenas o Norte (49%) apresentou aceleração, enquanto o Sul teve queda (-16%).
Especialistas indicam cálculo de média móvel
Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.
O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: estável (-1%)
- Minas Gerais: estável (-4%)
- Rio de Janeiro: estável (-2%)
- São Paulo: estável (-11%)
Região Norte
- Acre: aceleração (60%)
- Amazonas: aceleração (79%)
- Amapá: aceleração (56%)
- Pará: aceleração (47%)
- Rondônia: aceleração (52%)
- Roraima: queda (-18%)
- Tocantins: queda (-24%)
Região Nordeste
- Alagoas: aceleração (63%)
- Bahia: estável (10%)
- Ceará: queda (-70%)
- Maranhão: estável (9%)
- Paraíba: estável (-13%)
- Pernambuco: estável (-6%)
- Piauí: estável (5%)
- Rio Grande do Norte: estável (10%)
- Sergipe: aceleração (32%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: estável (-12%)
- Goiás: queda (-51%)
- Mato Grosso: aceleração (32%)
- Mato Grosso do Sul: aceleração (51%)
Região Sul
- Paraná: queda (-27%)
- Rio Grande do Sul: estável (-5%)
- Santa Catarina: estável (-15%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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