Anvisa autoriza oxigênio medicinal pra aumentar capacidade de fabricação
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou um pedido de oxigênio medicinal feito pela empresa White Martins, responsável por abastecer os cilindros no Amazonas. Isso significa que está permitida a produção e distribuição de oxigênio medicinal a 95% de teor, em vez de 99%, nas unidades da Rede Estadual de Saúde do Amazonas.
De acordo com a empresa responsável pela produção de oxigênio medicinal, a flexibilização do nível de pureza vai permitir o aumento da capacidade de fabricação. A medida valerá pelo prazo de 180 dias.
Mas a Anvisa colocou duas condições: é obrigatório que os profissionais e serviços de saúde sejam informados sobre a correta pureza do produto de cada cilindro (95% e não 99%); e também é preciso cessar a prática assim que a situação da falta de oxigênio no estado for normalizada.
A White Martins também se comprometeu a viabilizar o fornecimento de oxigênio por meio de carretas vindas da Venezuela. O trajeto para esses materiais chegarem até o Amazonas está sendo feito por meio das estradas. A liberação da carga nas estradas foi agilizada pelo Giac (Gabinete Integrado de Acompanhamento da Epidemia da Covid-19) junto às entidades responsáveis.
Um avião com 4 mil metros cúbicos de oxigênio partiu de Guarulhos, em São Paulo, na noite de ontem em direção a Manaus. Ele chegou na capital durante a madrugada de ontem. O transporte dos equipamentos foi feito com apoio das Forças Armadas.
O sistema de saúde do Amazonas está em colapso, agravado pela pandemia do novo coronavírus. As unidades locais estão sem acesso ao oxigênio medicinal para todas as alas de saúde. Para tentar salvar a vida dos pacientes, o Amazonas decidiu realizar transferências para outros estados e decretar toque de recolher das 19h até as 6h. As medidas foram anunciadas ontem pelo governador Wilson Lima (PSC).
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