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Brasil registra 1.131 novos óbitos e tem 15 estados com alta na média

Brasil se aproxima da marca de 8,4 milhões de casos confirmados de covid-19 - BRUNO KELLY/REUTERS
Brasil se aproxima da marca de 8,4 milhões de casos confirmados de covid-19 Imagem: BRUNO KELLY/REUTERS

Colaboração para o UOL, em São Paulo

15/01/2021 18h27

Pelo quarto dia seguido, o Brasil registrou mais de mil novas mortes por covid-19 nas últimas 24 horas. De ontem para hoje, foram confirmados 1.131 novos óbitos em todo o país, o que colocou 15 estados em tendência de alta na média de mortes. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.

Desde o começo da pandemia, 208.291 pessoas morreram por conta da doença. Pelos dados das secretarias estaduais que alimentam o consórcio, nos dias 12, 13 e 14 foram cadastradas, respectivamente, 1.109, 1.283 e 1.151 novas mortes causadas pela covid-19.

Das 1.131 novas mortes computadas hoje, 113 foram no Amazonas — o quarto estado com maior número de ocorrências no período, atrás de São Paulo (311), Minas Gerais (154) e Rio de Janeiro (150). A capital do estado, Manaus, enfrenta um colapso de seu sistema de saúde com crise no fornecimento de cilindros de oxigênio na cidade.

Em média, 964 pessoas morreram nesta semana em decorrência da doença, o que representa uma aceleração de 37% na comparação com 14 dias atrás. Hoje o país completa oito dias com tendência de alta. Desde o último sábado a média móvel do Brasil voltou a oscilar entre 900 e 1.000.

Quinze estados apresentaram alta na média, enquanto apenas um teve queda: Acre (-33%). Outros dez mais o Distrito Federal tiveram estabilidade.

Entre as regiões, apenas o Sul apresentou estabilidade (3%). As demais, tiveram aceleração: Centro-Oeste (21%), Nordeste (19%), Norte (83%) e Sudeste (54%).

De ontem para hoje, houve 68.138 diagnósticos positivos para o novo coronavírus em todo o país, elevando o total de infectados para 8.394.253 desde o início da pandemia. Foram 964 mortes em média por dia na última semana.

Foi verificado nesta sexta-feira um erro nos dados históricos do consórcio de veículos de imprensa que impactou os dados dos dias 5 e 11 de janeiro. No dia 5, a tendência de queda foi informada como de -30%, quando o correto era -23%. E no dia 11, a tendência de aumento foi informada como de +42%, quando o correto era +55%.

Dados da Saúde

Em boletim divulgado nesta sexta-feira (15), o Ministério da Saúde informou que foram cadastrados 1.151 novos óbitos causados pela covid-19 de ontem para hoje. Desde o início da pandemia, 208.246 pessoas morreram devido à doença.

Pelos números do Ministério, este é o 4º dia consecutivo com mais de mil novas mortes cadastradas em um período de 24 horas: entre 12 e 14 de janeiro, foram computadas, respectivamente, 1.110, 1.274 e 1.131 novas mortes por covid-19.

Houve 69.198 testes positivos para a doença nas últimas 24 horas em todo o país. O total de infectados desde o começo da pandemia subiu para 8.393.492.

Segundo o governo federal, 7.361.379 pessoas se recuperaram da doença, com outras 823.867 em acompanhamento.

Especialistas indicam cálculo de média móvel

Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.

O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: estável (0%)

  • Minas Gerais: aceleração (63%)

  • Rio de Janeiro: aceleração (59%)

  • São Paulo: aceleração (57%)

Região Norte

  • Acre: queda (-33%)

  • Amazonas: aceleração (182%)

  • Amapá: aceleração (23%)

  • Pará: estável (10%)

  • Rondônia: estável (15%)

  • Roraima: aceleração (29%)

  • Tocantins: aceleração (173%)

Região Nordeste

  • Alagoas: aceleração (19%)

  • Bahia: estável (3%)

  • Ceará: aceleração (56%)

  • Maranhão: estável (-4%)

  • Paraíba: estável (-8%)

  • Pernambuco: aceleração (54%)

  • Piauí: aceleração (-25%)

  • Rio Grande do Norte: estável (1%)

  • Sergipe: aceleração (44%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: estável (-13%)

  • Goiás: aceleração (147%)

  • Mato Grosso: aceleração (27%)

  • Mato Grosso do Sul: estável (-10%)

Região Sul

  • Paraná: aceleração (20%)

  • Rio Grande do Sul: estável (-1%)

  • Santa Catarina: estável (-12%)

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.