Esperando insumos da China, governadores celebram envio de vacinas da Índia
Os governadores João Doria, de São Paulo, e João Azevêdo, da Paraíba, comemoraram hoje a liberação da importação de 2 milhões de doses de vacinas de Oxford e da Astrazeneca vindas da Índia.
"Esse é mais um passo importante para garantir a continuidade do Plano Nacional de Imunização", escreveu João Azevêdo em seu Twitter. Já Doria, além de comemorar, relembrou a necessidade de aquisição de insumos vindos da China para a produção de mais vacinas em território nacional.
"Precisamos de mais vacinas para imunizar os brasileiros. Aguardamos também a liberação de insumos da China para a fabricação das vacinas do Butantan e da Fiocruz. Todos na luta pela vida", afirmou o paulista.
Pressão por importação de insumos
De acordo com o governador do Amapá, Waldez Góes, governadores de todo o país assinaram um ofício solicitando ao presidente Jair Bolsonaro "que mantenha o fornecimento externo de insumos necessários para a produção das vacinas contra a Covid-19 no país". Waldez Góes, porém não especificou quais governadores assinaram o documento.
"O governo federal precisa buscar imediatamente uma solução para as questões referentes ao fornecimento de insumos para produção de vacinas. Do contrário, o Brasil pode pagar um preço muito alto.", escreveu Waldez Góes, também no Twitter.
Hoje, a Embaixada da China afirmou que fará esforços máximos para garantir o envio de insumos para a vacina ao Brasil. A negociação para a compra de mais matéria-prima para a produção de imunizantes vem se arrastando há dias e contou até mesmo com a interferência do ex-presidente Michel Temer, a pedido do governo de São Paulo.
Bahia aguarda autorização da Sputinik V
Outro governador que se manifestou no Twitter hoje sobre a questão das vacinas foi Rui Costa, da Bahia. Ele anunciou que o estado adquiriu mais quatro milhões de seringas, mas ressalvou que mais doses de vacinas são necessárias. "Continuamos confiantes na autorização do uso da Sputnik V após nossa ação no STF [Supremo Tribunal Federal]. Precisamos salvar vidas", disse.
O governo da Bahia quer comprar diretamente o imunizante, sem o intermédio do governo federal, mas ele ainda não foi aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O governo baiano entrou com uma ação no Supremo para viabilizar a compra da vacina.
Ontem, o ministro Ricardo Lewandowski deu 72h para que a Anvisa informe sobre a análise do pedido de uso emergencial do imunizante, que foi desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa Gamaleya, de Moscou, e é comercializado pelo Fundo Russo de Investimento Direto. A Sputinik V não teve testes de fase 3 no Brasil, e isso é uma das questões que podem atrapalhar sua aprovação.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.