Com 1.054 novas mortes, Brasil se aproxima de média de 1.500 óbitos por dia
O Brasil se aproxima de ter uma média móvel de 1.500 óbitos por dia por covid-19. Hoje, a taxa em 1.497, a maior desde o início da pandemia. O levantamento é do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, baseado nos dados fornecidos pelas secretarias estaduais de saúde.
Foram 1.054 mortes registradas nas últimas 24 horas, elevando o total para 265.500. Além disso, já passam de 11 milhões os contaminados pela doença. Houve 79.237 diagnósticos positivos para o novo coronavírus nas últimas 24 horas, totalizando 11.018.557 infectados.
Este é o 9º dia consecutivo de recorde na média de mortes. Com isso, o país completa uma semana com tendência de aceleração —hoje a variação foi de 42%. Ontem, o Brasil confirmou a semana mais letal da pandemia, com 10.183 mortes registradas em sete dias.
Além disso, há 46 dias o Brasil apresenta média de mortes por covid-19 acima de mil —o período mais longo em toda a pandemia.
Os recordes sucessivos comprovam que o país vive seu pior momento desde março de 2020. Com sistemas de saúde à beira de um colapso, vários estados anunciaram medidas restritivas mais rigorosas para tentar conter o avanço da doença.
As dez maiores médias móveis de mortes por covid-19 no Brasil foram verificadas nos últimos dez dias:
- 7 de março - 1.497
- 6 de março - 1.455
- 5 de março - 1.423
- 4 de março - 1.361
- 3 de março - 1.332
- 2 de março - 1.274
- 1º de março - 1.223
- 28 de fevereiro - 1.208
- 27 de fevereiro - 1.180
- 25 de fevereiro - 1.150
Dezoito estados e o Distrito Federal apresentam tendência de alta, enquanto apenas dois têm queda. Outros seis mantêm índices estáveis.
Das regiões, apenas o Norte (1%) e o Sudeste (14%) se mantêm estáveis. Todas as demais apresentam tendência de aceleração: Centro-Oeste (39%), Nordeste (70%) e Sul (142%).
Dados da Saúde
Segundo os dados do Ministério da Saúde, o Brasil ultrapassou hoje a marca dos 265 mil mortos por causa da covid-19. Além disso, mais de 11 milhões de pessoas já foram infectadas pela doença.
Foram registradas 1.086 mortes nas últimas 24 horas, totalizando 265.411 óbitos pela doença em todo o país.
Na última quarta-feira (3) o governo federal registrou o recorde de mortes por covid-19 em apenas um dia: 1.910 vítimas.
De ontem para hoje, foram computados 80.508 testes positivos em todo o país, elevando o total de infectados para 11.016.344 desde o começo da pandemia.
Segundo a pasta, 9.757.178 pessoas se recuperaram da doença, enquanto outras 996.755 permanecem em acompanhamento.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: estável (10%)
- Minas Gerais: estável (13%)
- Rio de Janeiro: estável (-14%)
- São Paulo: aceleração (28%)
Região Norte
- Acre: aceleração (76%)
- Amazonas: queda (-24%)
- Amapá: queda (-16%)
- Pará: estável (12%)
- Rondônia: aceleração (23%)
- Roraima: estável (2%)
- Tocantins: aceleração (107%)
Região Nordeste
- Alagoas: acelerado (31%)
- Bahia: aceleração (56%)
- Ceará: aceleração (153%)
- Maranhão: aceleração (151%)
- Paraíba: aceleração (48%)
- Pernambuco: estável (-5%)
- Piauí: aceleração (125%)
- Rio Grande do Norte: aceleração (75%)
- Sergipe: aceleração (88%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: aceleração (80%)
- Goiás: aceleração (32%)
- Mato Grosso: aceleração (27%)
- Mato Grosso do Sul: acelerado (52%)
Região Sul
- Paraná: aceleração (134%)
- Rio Grande do Sul: aceleração (144%)
- Santa Catarina: aceleração (150%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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