Ou sociedade acorda, ou viveremos um inferno, diz prefeito de São Bernardo
O prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), disse hoje que "ou a sociedade acorda, ou viveremos um inferno" ao defender o isolamento social contra a covid-19. A declaração foi dada em entrevista para a rádio Band News.
"A situação é gravíssima. Estamos em risco pior que [a fase] vermelha sob o aspecto pandêmico", disse ele. Em São Bernardo, a ocupação de leitos de UTI na rede pública ultrapassou 90%. Ontem, em publicação nas redes sociais, Morando disse que o sistema de saúde da cidade "corre o risco de entrar em colapso ainda nessa semana".
Muito provavelmente a partir de quinta ou sexta-feira, não teremos mais onde colocar vítimas da covid-19".
Para o prefeito, "ou a sociedade acorda, ou vamos viver um verdadeiro inferno". Desde o início da pandemia, São Bernardo registrou mais de 54 mil casos confirmados e 1.577 mortos.
Morando ressaltou que a nova cepa de Manaus, mais transmissível, está circulando na cidade. "No pico da pandemia em 2020, superamos 70% de ocupação de leitos de UTI, mesmo depois do réveillon, o número não teve um crescimento tão alto como o que estávamos vendo agora. Agora, estamos vivendo esse caos, esse estado de guerra. Está muito claro que a nova cepa está agindo, principalmente pelo perfil dos infectados".
Segundo ele, são 50 pacientes internados com menos de 45 anos na cidade, 8 deles estão em UTI. "Faço um apelo: primeiro para que as pessoas se protejam senão vai morrer gente em casa, sem ar, não vai ter leito de enfermaria e de UTI. Ou as pessoas nos ajudam ou o Poder Público não dará conta".
Morando diz que as pessoas continuam saindo sem necessidade. "Parece que as pessoas têm prazer em sair de casa. Tenho sido rigoroso com o Plano SP, mas mesmo com o comércio fechado a movimentação está grande. Na fase verde, 130 mil passageiros/dia estavam usando o transporte público. Nessa última segunda-feira (8), com o comércio fechado, 120 mil pessoas pegaram o ônibus. Tem alguma coisa errada".
Na fase vermelha, apenas serviços essenciais —como mercados e farmácias— ficam abertos, mas com capacidade reduzida. A medida do governo de São Paulo vale até o dia 19, mas pode ser prorrogada. O objetivo é reduzir o número de casos de covid-19 e desafogar os hospitais.
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