País tem 15º recorde consecutivo em média diária de mortes por covid: 1.824
O Brasil registra hoje 15 dias seguidos de recordes da média diária de mortes por covid-19. Foram 1.824 óbitos por dia, na última semana, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, baseado nos dados das secretarias estaduais de saúde. Nas últimas 24 horas, foram notificadas 1.940 novas mortes, somando 277.216 desde o início da pandemia.
O país soma 11.439.250 casos confirmados de coronavírus, sendo 70.934 dos diagnósticos registrados entre ontem e hoje. Isso não indica quando as mortes e casos de fato ocorreram, mas, sim, a data em que passaram a constar dos balanços oficiais.
Durante três dias seguidos, ao longo desta semana, o país apresentou mais de 2.000 mortes pela doença notificadas num intervalo de 24 horas.
Também é o 52º dia consecutivo em que a média móvel aparece acima de mil. A tendência de aceleração é de 51% ante o índice de duas semanas atrás. O mês de março iniciou com a média de mortes em 1.223. Antes de chegar à metade do mês, o número saltou para mais de 1.800.
Confira a evolução da média nos últimos 14 dias:
- 12 de março - 1.761
- 11 de março - 1.705
- 10 de março - 1.645
- 9 de março - 1.572
- 8 de março - 1.540
- 7 de março - 1.497
- 6 de março - 1.455
- 5 de março - 1.423
- 4 de março - 1.361
- 3 de março - 1.332
- 2 de março - 1.274
- 1º de março - 1.223
- 28 de fevereiro - 1.208
- 27 de fevereiro - 1.180
Apenas dois estados apresentam índices estáveis na média, enquanto dois apresentam tendência de queda e outros 23 —incluindo o Distrito Federal— têm alta.
Quatro regiões apresentam alta: Centro-Oeste (110%), Sudeste (25%), Nordeste (46%) e Sul (119%). Apenas o Norte tem estabilidade (14%).
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: aceleração (30%)
- Minas Gerais: aceleração (35%)
- Rio de Janeiro: queda (-34%)
- São Paulo: aceleração (50%)
Região Norte
- Acre: aceleração (80%)
- Amazonas: queda (-31%)
- Amapá: aceleração (47%)
- Pará: aceleração (24%)
- Rondônia: aceleração (75%)
- Roraima: estável (0%)
- Tocantins: aceleração (87%)
Região Nordeste
- Alagoas: acelerado (67%)
- Bahia: estável (14%)
- Ceará: aceleração (75%)
- Maranhão: aceleração (80%)
- Paraíba: aceleração (70%)
- Pernambuco: aceleração (38%)
- Piauí: aceleração (56%)
- Rio Grande do Norte: aceleração (56%)
- Sergipe: aceleração (75%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: aceleração (81%)
- Goiás: aceleração (178%)
- Mato Grosso: aceleração (86%)
- Mato Grosso do Sul: acelerado (34%)
Região Sul
- Paraná: aceleração (117%)
- Rio Grande do Sul: aceleração (143%)
- Santa Catarina: aceleração (82%)
Dados da Saúde
O Ministério da Saúde divulgou hoje 1.997 novos registros de óbitos por covid-19 desde ontem, atingindo total de 277.102 mortes pela doença. É a primeira vez em três dias que a pasta registra um número abaixo de 2.000 mortes em 24 horas, embora o valor seja bem próximo.
Foram notificadas 76.178 novas infecções, somando 11.439.558 casos confirmados da doença no país.
Na quarta-feira (10), a pasta registrou pela primeira vez mais de 2.000 mortes por coronavírus confirmadas em um único dia.
A data também marcou o recorde de óbitos contabilizados pelo governo federal em 24 horas (2.286 vítimas).
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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