Prefeitos pedem que Saúde use 90% dos lotes de vacina para 1ª dose
A FNP (Federação Nacional de Prefeitos) enviou hoje um ofício ao Ministério da Saúde pedindo a reavaliação de uma diretriz da PNI (Plano Nacional de Imunização), que prevê a reserva de 50% das vacinas contra covid-19 recebidas por estados e municípios para aplicação da 2ª dose.
A FNP sugere o uso imediato de 90% dos lotes disponibilizados de vacinas, reservando 10% das doses. " O pedido se dá no intuito de ampliar o alcance tempestivo de mais pessoas, acelerando a imunização da população brasileira".
É uma ação urgente, diante dos números alarmantes de casos e trágicos de mortes em nosso país".
Trecho do ofício da Frente Nacional de Prefeitos
A Frente Nacional de Prefeitos também reforça o pedido dizendo que, hoje, cada município adota um período diferente para a aplicação da segunda dose, mas, com a nova diretriz poderia ser adotado o prazo de 28 dias. O pedido também foi enviado ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
A FNP ressalta que a ação precisa ser feita com a segurança de reposição dos estoques e diz ser "imprescindível" uma coordenação nacional.
"Seria fundamental a regionalização da distribuição das vacinas, garantindo o fornecimento da mesma vacina para cada localidade, o que evitaria a ocorrência de perdas técnicas ao abrir frascos das vacinas por não haver o comparecimento da população alvo para receber a segunda dose".
Outra vantagem, defende, é evitar erros de imunização com a aplicação de vacinas diferentes na mesma pessoa.
"Prefeitas e prefeitos apelam para que o Ministério da Saúde promova a reavaliação das atuais diretrizes e lidere uma nova estratégia de uso das vacinas."
'Sem medidas, vamos perder vidas por falta de medicamentos'
O presidente da Frente Nacional de Prefeitos, Jonas Donizette (PSB-SP), afirmou hoje em entrevista à CNN que, sem medidas do governo federal, o Brasil pode perder vidas por falta de medicamentos de covid —a potencial crise de desabastecimento tem deixado médicos e entidades em alerta.
Alguns sinais preocupantes começaram a surgir, como a falta de sedativos e até oxigênio para pacientes que precisam ser intubados.
"Nós estamos comunicando [o governo] desde o ano passado. Em julho, teve uma crise [por falta] de miorrelaxantes. Reforçamos o pedido por uma coordenação nacional quando teve o caso de Manaus e agora, há cerca de 10 dias, mandamos um documento mais dramático", afirmou Donizette.
"Se não tiver uma medida do governo, uma medida coordenada em diversos setores, nós vamos ter perda de vidas por falta de oxigênio e por falta de medicamentos".
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