Eduardo Leite e Consórcio Nordeste criticam ação de Bolsonaro
Depois que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) a suspensão de restrições impostas pelos estados, por causa da pandemia de covid-19, os governadores começaram a responder. O Consórcio Nordeste, formado por todos estados da região, e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), se manifestaram sobre o assunto.
O Rio Grande do Sul é um dos alvos de Bolsonaro na ação enviada ao STF. Por isso Leite reforçou, em vídeo publicado no Twitter, que a lei federal dá competência aos estados para restringir a circulação de pessoas.
Além disso, o governador criticou o presidente por "colocar energia em confronto", "desprezar a gravidade da pandemia" e chegar atrasado ao debate.
"O presidente Bolsonaro mais uma vez chega atrasado. Não é de surpreender. Já atrasou o país na compra de vacinas. Chega atrasado agora, uma vez que nosso decreto tem vigência prevista até dia 21, domingo. Na segunda-feira teremos outras restrições diferenciadas", explicou Eduardo Leite, reforçando o pedido para que Bolsonaro compre mais vacinas contra covid-19.
Nordeste
A Bahia também foi alvo da ação de Bolsonaro. O governador do estado, Rui Costa (PT), já tinha se manifestado e dito que o presidente é "desumano". Agora os 9 governadores do Nordeste assinaram uma nota destacando que as restrições foram feitas para evitar colapso do sistema hospitalar.
"Mais uma vez convidamos o presidente da República a somar forças na luta contra o coronavírus, que tem trazido tantas mortes e sofrimentos. E reiteramos que só existe uma formar de proteger a economia e os empregos: enfrentar e vencer a pandemia", declarou o Consórcio, destacando ainda que Bolsonaro não respondeu sobre a participação no Pacto Nacional pela Vida e pela Saúde, organizado recentemente por governadores do país.
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