Com média de 2.255 mortes por covid, Brasil bate recorde pelo 23º dia
O Brasil registrou hoje a maior média de óbitos por covid-19 desde o início da pandemia. Considerando os últimos sete dias, morreram, em média, 2.255 pessoas por dia em decorrência da doença, de acordo com dados do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.
Nas últimas 24 horas, foram notificadas 1.259 mortes, elevando o total de vítimas no país para 294.115. Nesse mesmo período foram confirmados 47.107 diagnósticos positivos. Com isso, o Brasil chega a 11.996.442 casos de covid-19.
A média móvel deste domingo (21) representa um recorde pelo 23º dia seguido. Também é o sexto dia consecutivo em que esse número fica acima de 2.000, numa tendência de aceleração da pandemia. O dado registrado hoje é 46% maior do que o de 14 dias atrás.
Este é o 60º dia consecutivo no qual o Brasil registra uma média de óbitos por covid-19 acima de mil, o mais longo período em toda a pandemia, e o vigésimo em que registra mais de mil novas mortes em 24 horas.
O Brasil em números
Na primeira onda:
- Maior número de mortes em 24 h: 1.554 (19/7)
- Maior média móvel de óbitos: 1.097 (25/7)
- Maior período com média acima de mil: 31 dias
- Maior número de óbitos em uma semana: 7.679 (de 19/7 a 25/7)
Na segunda onda:
- Maior número de mortes em 24 h: 2.798 (16/3)
- Maior média móvel de óbitos: 2.255 (21/3)
- Maior período com média acima de mil: 60 dias
- Maior número de óbitos em uma semana: 15.640 (de 14/3 a 20/3)
As 26 maiores médias móveis de mortes por covid-19 no Brasil ocorreram nos últimos 26 dias. As dez mais altas são as seguintes:
- 21 de março: 2.255
- 20 de março: 2.234
- 19 de março - 2.178
- 18 de março - 2.096
- 17 de março - 2.031
- 16 de março - 1.976
- 15 de março - 1.855
- 14 de março - 1.832
- 13 de março - 1.824
- 12 de março - 1.761
Os cinco dias com maior número de mortes em toda a pandemia ocorreram nos últimos dez dias (os números não indicam quando os óbitos ocorreram de fato, mas, sim, quando passaram a contar dos balanços oficiais):
- 16 de março - 2.798
- 17 de março - 2.736
- 19 de março - 2.730
- 18 de março - 2.659
- 10 de março - 2.349
Três estados reportaram mais de 100 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas. O total de vítimas apenas nestes estados chega a 501:
- Minas Gerais - 243
- São Paulo - 144
- Rio de Janeiro - 114
Dados do governo
O Brasil registrou 1.290 novas mortes provocadas pela covid-19 em um intervalo de 24 horas, segundo o Ministério da Saúde. Em boletim divulgado neste domingo (21), a pasta informou que o país soma 294.042 óbitos desde o início da pandemia.
De ontem para hoje, houve 47.774 diagnósticos positivos para o novo coronavírus em todo o país. Desde o começo da pandemia, o total de infectados chegou a 11.998.233.
Segundo a pasta, 10.449.933 pessoas se recuperaram da doença, enquanto outras 1.254.258 estão em acompanhamento.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: aceleração (44%)
- Minas Gerais: aceleração (43%)
- Rio de Janeiro: aceleração (26%)
- São Paulo: aceleração (69%)
Região Norte
- Acre: estável (9%)
- Amazonas: queda (-28%)
- Amapá: aceleração (116%)
- Pará: aceleração (39%)
- Rondônia: estabilidade (12%)
- Roraima: queda (-36%)
- Tocantins: aceleração (103%)
Região Nordeste
- Alagoas: aceleração (52%)
- Bahia: aceleração (20%)
- Ceará: aceleração (27%)
- Maranhão: estável (-12%)
- Paraíba: aceleração (68%)
- Pernambuco: aceleração (39%)
- Piauí: estável (12%)
- Rio Grande do Norte: aceleração (60%)
- Sergipe: aceleração (143%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: aceleração (133%)
- Goiás: aceleração (68%)
- Mato Grosso: aceleração (75%)
- Mato Grosso do Sul: aceleração (53%)
Região Sul
- Paraná: aceleração (43%)
- Rio Grande do Sul: aceleração (75%)
- Santa Catarina: aceleração (35%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
*Com informações da Reuters
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.