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Ministério da Saúde diz à PGR que falta de oxigênio preocupa em 6 estados

Colaboração para o UOL

23/03/2021 09h02

O Ministério da Saúde identificou que seis estados estão com situação preocupante no abastecimento de oxigênio medicinal, utilizado para atender pacientes com covid-19. Os estados são Acre, Rondônia, Mato Grosso, Amapá, Ceará e Rio Grande do Norte. O órgão divulgou essa informação após uma reunião com a PGR (Procuradoria Geral da República) e a White Martins, uma das principais produtoras de oxigênio do Brasil.

As três partes se reuniram para discutir as dificuldades relativas ao abastecimento do insumo, neste momento de agravamento da pandemia. O General Ridauto Fernandes, diretor de Logística do Ministério da Saúde, afirmou que, além dos 6 estados com situação mais preocupante, outros 7 estados precisam de atenção: Pará, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul vivem estado de atenção.

Ridauto afirmou na reunião que estão em curso tratativas para aumentar a produção de cilindros e para instalar concentradores de oxigênio em diversos locais, que funcionarão de forma similar às mini usinas produtoras do insumo.

Segundo o Ministério, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) também vai centralizar e monitorar os dados de consumo de oxigênio em todo o Brasil.

O Ministério informou ainda que está coordenando o transporte para os estados em situação mais grave, com uso de aviões da Força Aérea. E inclusive discute a possibilidade de incluir os motoristas que transportam gases medicinais como público prioritário para vacinação, já que há escassez dessa mão de obra no país.

A White Martins vem registrando um aumento exponencial no consumo de oxigênio. A demanda chegou a crescer 300% em alguns locais. A empresa reclamou na reunião decisões liminares que determinaram a entrega oxigênio em determinados municípios ou estados, sem considerar a situação global de produção e distribuição. Segundo a empresa, isso desorganiza a logística e traz risco de desabastecimento para grandes hospitais.

A PGR, em resposta a isso, informou na reunião que vai reunir todas as ações judiciais sobre o tema para evitar decisões conflitantes e que gerem desabastecimento.