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Covid: Brasil tem maior média de mortes pelo 24º dia e bate 12 mi de casos

Brasil ultrapassou a marca das 295 mil mortes provocadas pela covid-19 - Carlos Madior/UOL
Brasil ultrapassou a marca das 295 mil mortes provocadas pela covid-19 Imagem: Carlos Madior/UOL

Douglas Porto e Ricardo Espina

Do UOL, em São Paulo, e colaboração para o UOL

22/03/2021 19h44Atualizada em 22/03/2021 21h12

O Brasil bateu nesta segunda-feira (22) pelo 24º dia consecutivo o recorde na média móvel de mortes pela covid-19 (2.298 óbitos) e ultrapassou os 12 milhões de infectados pelo coronavírus.

Em 24 horas foram registradas 1.570 mortes pela doença e 55.177 testes positivos para o novo coronavírus no país. O levantamento é do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, com base nos dados fornecidos pelas secretarias estaduais de saúde.

No total, o Brasil contabiliza 12.051.619 casos confirmados de infecção.

Nesta terça, o país também chega ao sexto dia seguido de média móvel acima dos 2.000 mil mortos — e 21º dia consecutivo no qual computa mais de mil óbitos pela doença em 24 horas. Além disso, já são 61 dias com média móvel acima de mil, o período mais longo em toda a pandemia.

De acordo com a Universidade Johns Hopkins, referência mundial em estudos sobre a covid-19, o Brasil é o segundo país com o maior número de casos registrados da doença. Os Estados Unidos aparecem à frente, com um total de 29.848.830 infectados, em números divulgados na tarde de hoje pela instituição.

Em seu pior momento na pandemia, o Brasil desperta a preocupação da OMS (Organização Mundial da Saúde). Em uma semana, o país teve o dobro de mortes em relação aos Estados Unidos e tem diversas regiões em situação crítica, à beira de um colapso em seus sistemas de saúde.

Apenas a região Norte está estável na média de mortes, com 9% de variação na comparação com 14 dias atrás. Todos as outras regiões apresentam aceleração, sendo: Nordeste (23%), Centro-Oeste (113%), Sudeste (51%) e Sul (54%).

Vinte e duas unidades da federação, incluindo o Distrito Federal, apresentam alta no índice. Dois estados estão em queda e três estão estáveis.

O Brasil em números

Na primeira onda:

  • Maior número de mortes em 24 h: 1.554 (19/7)
  • Maior média móvel de óbitos: 1.097 (25/7)
  • Maior período com média acima de mil: 31 dias
  • Maior número de óbitos em uma semana: 7.679 (de 19/7 a 25/7)

Na segunda onda:

  • Maior número de mortes em 24 h: 2.798 (16/3)
  • Maior média móvel de óbitos: 2.298 (22/3)
  • Maior período com média acima de mil: 61 dias
  • Maior número de óbitos em uma semana: 15.640 (de 14/3 a 20/3)

As 27 maiores médias móveis de mortes por covid-19 no Brasil ocorreram nos últimos 27 dias. As dez mais altas são as seguintes:

  • 22 de março - 2.298
  • 21 de março - 2.255
  • 20 de março - 2.234
  • 19 de março - 2.178
  • 18 de março - 2.096
  • 17 de março - 2.031
  • 16 de março - 1.976
  • 15 de março - 1.855
  • 14 de março - 1.832
  • 13 de março - 1.824

Os cinco dias com maior número de mortes em toda a pandemia ocorreram nas últimas duas semanas (os números não indicam quando os óbitos ocorreram de fato, mas, sim, quando passaram a contar dos balanços oficiais):

  • 16 de março - 2.798
  • 17 de março - 2.736
  • 19 de março - 2.730
  • 18 de março - 2.659
  • 10 de março - 2.349

Dados da Saúde

Em boletim divulgado nesta segunda-feira (22), o Ministério da Saúde informou que o país registrou 49.293 diagnósticos positivos de covid-19 entre ontem e hoje, elevando o total de casos confirmados para 12.047.526 desde o início da pandemia.

Entre ontem e hoje, foram reportadas 1.383 novas mortes provocadas pela doença. Desde março de 2020, a covid-19 causou 295.425 óbitos em todo o país.

Segundo o governo federal, 10.507.995 pessoas se recuperaram da doença até o momento, com outras 1.244.106 em acompanhamento.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: aceleração (53%)

  • Minas Gerais: aceleração (43%)

  • Rio de Janeiro: aceleração (31%)

  • São Paulo: aceleração (62%)

Região Norte

  • Acre: estável (24%)

  • Amazonas: queda (-26%)

  • Amapá: aceleração (119%)

  • Pará: aceleração (25%)

  • Rondônia: estabilidade (14%)

  • Roraima: queda (-52%)

  • Tocantins: aceleração (97%)

Região Nordeste

  • Alagoas: aceleração (45%)

  • Bahia: aceleração (25%)

  • Ceará: estável (- 8%)

  • Maranhão: estável (-15%)

  • Paraíba: aceleração (48%)

  • Pernambuco: aceleração (46%)

  • Piauí: estável (26%)

  • Rio Grande do Norte: aceleração (65%)

  • Sergipe: aceleração (124%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: aceleração (164%)

  • Goiás: aceleração (142%)

  • Mato Grosso: aceleração (81%)

  • Mato Grosso do Sul: aceleração (61%)

Região Sul

  • Paraná: aceleração (42%)

  • Rio Grande do Sul: aceleração (73%)

  • Santa Catarina: aceleração (34%)

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.