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SP: Ocorrências do Samu por problemas respiratórios disparam na capital

Profissional do Samu aguarda atendimento com paciente com covid-19 dentro da ambulância - EDMAR BARROS/ESTADÃO CONTEÚDO
Profissional do Samu aguarda atendimento com paciente com covid-19 dentro da ambulância Imagem: EDMAR BARROS/ESTADÃO CONTEÚDO

Letícia Simionato

Colaboração para o UOL

23/03/2021 07h12

A média diária de atendimentos do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) por problemas respiratórios aumentou na cidade de São Paulo. Até o dia 18 de março, a média era de 153 atendimentos por dia. O número é 71,9% maior do que a registrada no mês todo de fevereiro (89) e 66,3% maior do que a de janeiro (92).

Para efeitos de comparação, em 2020, o maior mês com registro de atendimentos a pessoas com problemas respiratórios foi em maio, com média diária de 129.

Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, antes da pandemia, 9% dos chamados eram por motivo de problemas respiratórios. Por causa da covid-19, o número aumentou para 15%.

Atualmente, o Samu dispõe de 122 ambulâncias e 36 motolâncias cadastradas no Ministério da Saúde, sendo 83 bases, distribuídas em seis regiões administrativas de Saúde: oito no Centro, 11 na Oeste, 16 na Leste, 17 na Norte, 15 na Sudeste e 16 na Sul.

Samu em alerta

Em dezembro do ano passado, o UOL mostrou que, além do aumento na ocupação de leitos de UTI em hospitais públicos e privados, os profissionais do Samu na capital e no interior já temiam que os problemas da vida "normal" somados aos da pandemia do novo coronavírus sobrecarregassem o sistema.

"Atender chamados sobre problemas represados de pessoas que não procuraram o serviço de saúde com medo da covid, mais os acidentes de trânsito, mais as doenças costumeiras, mais uma segunda onda não vai ser fácil, mesmo com todo o conhecimento que acumulamos desde o início", afirmou um socorrista.