Rio terá calendário de vacinação unificado
O governador em exercício do Rio, Cláudio Castro (PSC), anunciou que todas as cidades do estado vão adotar um calendário único de vacinação. A mudança, que será detalhada nesta segunda-feira (29), visa impedir que as pessoas se desloquem de seus municípios de origem para se imunizar em outros locais.
Até a próxima semana, o governo espera receber dois milhões de doses do Ministério da Saúde.
Mais de 930 mil fluminenses já receberam a primeira proteção. Se confirmada a chegada do novo lote, a expectativa é de alcançar a marca de 1,5 milhão de vacinados.
Castro fez um alerta às pessoas e disse que o estado está próximo de uma situação dramática.
"A gente tá, realmente, muito próximo de uma situação dramática. Nesse momento, a covid tá apertando o cerco das nossas famílias. Essa nova cepa pega em pessoas mais jovens. Já se percebe um aumento de internação de pessoas mais jovens", afirmou.
Outra novidade é o aumento na oferta de leitos destinados ao tratamento de pacientes com covid. A rede pública estadual vai ganhar um reforço de 560 vagas existentes nos hospitais de federais do Rio. Além desses, na próxima semana, mais 380 leitos, da rede privada (chamamento público) e estadual devem ficar disponíveis à população.
Dados da Secretaria Estadual de Saúde mostram que, hoje, 602 pessoas aguardam por uma vaga de UTI. De enfermaria, 235. É o segundo dia consecutivo de recordes na fila de espera por uma transferência à unidade intensiva.
Ainda hoje, um novo decreto com alterações relativas ao "superferiado" de dez dias que começa amanhã deve ser publicado no Diário Oficial.
A criação do recesso foi alvo de troca de farpas entre Castro e o prefeito da capital, Eduardo Paes (DEM). Em uma rede social, o alcaide chegou a ironizar o período o chamando de "CastroFolia", por divergir de alguns pontos da medida.
Sobre o assunto, o governador disse que a questão foi resolvida.
"Eu não ficarei em rede social alguma dando declarações de efeito. Nós temos um inimigo em comum, que não é aquele que quer diferente de nós, quer mais restritivo, menos restritivo. O nosso inimigo em comum é o vírus. Temos que parar de brigar, de querer ter razão. A razão tem que estar onde a técnica diz... Eu e Eduardo Paes estamos nos falando. Em momento algum isso foi uma briga entre nós. Foi uma divergência democrática. O prefeito tem o jeito dele, às vezes um pouco explosivo. Mas estamos nos falando normalmente", declarou.
Também nesta segunda (29), Castro e Paes vão se reunir para ver "o que deu certo e o que não deu certo" quanto às medidas restritivas a fim de avaliar eventuais mudanças no decreto.
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