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SP: Secretários de Saúde pedem compra urgente de cilindros para municípios

De acordo com o conselho de secretários de Saúde, faltam insumos nas unidades que fazem atendimento de pacientes com covid-19 - MISTER SHADOW/ASI/ESTADÃO CONTEÚDO
De acordo com o conselho de secretários de Saúde, faltam insumos nas unidades que fazem atendimento de pacientes com covid-19 Imagem: MISTER SHADOW/ASI/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

31/03/2021 10h42Atualizada em 31/03/2021 11h31

O Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (COSEMS/SP) enviou um ofício ao vice-governador Rodrigo Garcia (DEM) pedindo urgência na compra de insumos para atender aos pacientes da covid-19, como concentradores de oxigênio e cilindros.

"A quantidade emergencial de cilindros, nesta data, informada por 65 municípios, é de 2.302 unidades. Ressaltamos que a necessidade é crescente e outros municípios já estão informando novas quantidades. Desta forma, este Conselho solicita a aquisição de cilindros e concentradores de oxigênio a serem cedidos aos Municípios, em caráter emergencial, para atendimento de pacientes com COVID-19.", solicitou Geraldo Reple Sobrinho, presidente do COSEMS/SP.

Segundo o Conselho, 120 municípios de São Paulo estão em situação considerada crítica devido a falta de abastecimento de oxigênio gasoso para atendimento emergencial de casos suspeitos ou confirmados do coronavírus.

O levantamento foi realizado entre os dias 22 e 24 de março e identificou que parte dos municípios possui defasagem na quantidade de cilindros disponíveis para a recarga, em tempo hábil. "O que impacta a manutenção e ampliação de leitos para realização de suporte ventilatório", alega o COSEMS/SP.

Os concentradores de oxigênio são equipamentos médicos movidos a eletricidade, projetados para concentrar oxigênio do ar ambiente. O material é utilizado para fornecer o oxigênio medicinal à beira dos leitos e normalmente é aplicado por meio de um tubo nasal nos pacientes que precisam da oxigenoterapia.

Já os cilindros de oxigênio são os recipientes recarregáveis que mantêm o oxigênio em estado não líquido. Esses equipamentos ajudam a fornecer oxigênio para outros dispositivos médicos e para os pacientes da covid-19.

O UOL procurou a Secretaria de Estado da Saúde, que informou que as respostas sobre o caso são de responsabilidade da Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR). Por sua vez, a SDR não detalhou quais medidas serão tomadas diante do pedido feito pelos municípios e alegou que o governador João Doria (PSDB) assegura que não faltarão insumos.

Hoje, o governador de São Paulo disse que não falta oxigênio nos hospitais de São Paulo. A declaração foi dada em coletiva de imprensa na sede do Instituto Butantan.

"Oxigênio não faltará em SP. Não falta, e não faltará. Temos usina e temos abastecimento. O que nós precisamos é de cilindros. Para que esses cilindros possam chegar até a ponta, nas pequenas UBS", afirmou Doria.

Queiroga fala em economia de oxigênio nos hospitais

O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, falou neste final de semana em lançar uma campanha para economizar oxigênio nos hospitais. A declaração foi feita diante da crise por falta de insumos para intubação de pacientes da covid-19.

"Todos sabemos que muitas pessoas chegam aos hospitais e às vezes a primeira providência é colocar o oxigênio nasal em quem não precisa de oxigênio. Então vamos tentar economizar. Vamos fazer uma grande campanha junto aos profissionais de saúde para o uso racional do oxigênio", alegou o ministro da Saúde, que também é cardiologista

Segundo Queiroga, a dificuldade não seria na fabricação de oxigênio, mas no armazenamento e transporte até os hospitais. O ministro também foi enfático ao citar a importância do uso da máscara para evitar a contaminação pela covid-19.

"Se todos os brasileiros usassem máscara nós teríamos um efeito quase igual ao da vacinação. Então usar máscara é obrigação de todos os brasileiros", declarou.