Ministro da Saúde fala em campanha para 'economizar oxigênio' em hospitais
Em meio à crise por falta de insumos para intubação de pacientes com covid-19, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, falou em lançar uma campanha para economia de oxigênio nos hospitais. A declaração foi dada em uma audiência pública que ocorre, neste momento, no Senado Federal.
Todos sabemos que muitas pessoas chegam aos hospitais e às vezes a primeira providência é colocar o oxigênio nasal em quem não precisa de oxigênio. Então vamos tentar economizar. Vamos fazer uma grande campanha junto aos profissionais de saúde para o uso racional do oxigênio."
Marcelo Queiroga, ministro da Saúde
De acordo com o ministro, a dificuldade não seria na fabricação de oxigênio, mas seu armazenamento e transporte até os hospitais. Nesse sentido ele citou a falta de caminhões-tanque.
O Brasil teria uma necessidade evidente de 50 caminhões — ele afirmou ter providenciado a importação de 13 caminhões-tanques usados, oriundos do Canadá. Em relação aos cilindros, uma possibilidade posta foi a realocação de cilindros usados na indústria para a saúde.
Uso de máscara
Durante a audiência, o ministro foi enfático na importância do uso de máscara de proteção. "Se todos os brasileiros usassem máscara nos teríamos um efeito quase igual ao da vacinação. Então usar máscara é obrigação de todo os brasileiros", declarou. As medidas de distanciamento social também foram pontuadas por ele como essenciais e o ministro falou em chamar atenção da população para este cuidado.
As declarações vão na linha oposta à postura do presidente Jair Bolsonaro que durante toda a pandemia participou de diversos atos públicos sem o uso de máscara de proteção facial.
O professor da USP Carlos Carvalho, convidado para atuar na parte de protocolos assistenciais, foi citado pelo ministro como personagem estratégico neste momento. Carvalho é conhecido por ser contra o tratamento precoce com hidroxicloroquina, algo defendido pelo presidente Jair Bolsonaro.
Leitos para o SUS
Queiroga disse que o Ministério da Saúde vai pedir os leitos hoje ocupados por pacientes da iniciativa privada para alocação de pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) internados com covid-19. A estratégia visa combater a superlotação de UTIs enfrentada pela rede pública.
"Da mesma maneira que estamos acompanhando os estoques de equipamentos, queremos saber como está a disponibilidade de leitos na iniciativa privada. Queremos que retirem os pacientes deles que estão na rede SUS e levem para a rede deles para que possamos atender o SUS."
Ainda durante a audiência, o ministro falou em vacinar de 2,4 milhões de pessoas por dia, mas reconheceu que, apesar no aumento no número de imunizados, o país ainda esbarra na falta de imunizantes.
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