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MG irá investir R$ 53,7 milhões para ampliar rede de oxigênio em hospitais

Fachada do Hospital Eduardo de Menezes, em Belo Horizonte - Flávio Tavares/Estadão Conteúdo
Fachada do Hospital Eduardo de Menezes, em Belo Horizonte Imagem: Flávio Tavares/Estadão Conteúdo

Colaboração para o UOL

01/04/2021 17h46

O Governo de Minas Gerais informou hoje que irá investir R$ 53,7 milhões para ampliar rede de oxigênio em hospitais do Estado. De acordo com o órgão, a medida vai favorecer pelo menos 250 hospitais da rede pública. O objetivo é garantir o abastecimento de gás, assim como o atendimento à população mineira diante da pandemia do coronavírus. A deliberação foi publicada hoje no Diário Oficial.

Os hospitais poderão contar com valores entre R$ 115 mil e R$ 315 mil para substituir cilindros de oxigênio que precisam ser recarregados em média de 4 em 4 horas.

O secretário de saúde do estado, Fábio Baccheretti, disse que o apoio é para prevenir a falta de oxigênio aos pacientes, bem como "a prevenção ao agravamento da crise de abastecimento de insumos estratégicos relacionados ao armazenamento e produção de gás medicinal."

Critérios:

Os valores que serão repassados para das unidades, levam em consideração a estrutura de armazenamento e/ou produção de gases medicinas, o consumo médio de oxigênio por leito de covid-19, a perspectiva de aumento no consumo cilindros em quatro meses e o número de leitos do estabelecimento.

O valor destinado a cada instituição obedece aos seguintes critérios:

Entre 1 e 50 leitos - até R$ 115 mil

Entre 51 e 150 leitos - até R$ 200 mil

Acima de 151 leitos - até R$ 315 mil

Estoques:

O Governo de Minas também publicou hoje alterações nas Deliberações 63 e 73 de 2020 do Comitê Extraordinário Covid-19, visando evitar o esgotamento da capacidade de atendimento à população na rede pública de saúde e o desabastecimento de medicamentos e gases medicinais.

Além disso, as redes públicas e privadas devem informar à Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) a quantidade de medicamentos em estoques para intubação a cada semana ou em outro intervalo de tempo fixado pela secretaria.

"Desta forma, a rede privada de assistência passará a fazer parte da rede solidária do estado, em que, por meio do acompanhamento dos estoques de medicamentos e insumos, as unidades poderão contribuir entre si para suprir carências umas das outras", explicou Baccheretti.

Cirurgias eletivas:

O Comitê Extraordinário Covid-19 também determinou que enquanto durar o estado de calamidade pública, estão suspensas as cirurgias eletivas não essenciais tanto na rede pública quanto na particular com o objetivo de preservar vidas e evitar o colapso na rede assistencial.

"Em cirurgias eletivas são utilizados medicamentos essenciais para a assistência ao paciente intubado por insuficiência respiratória provocada pela covid-19, bem como oxigênio. A alta demanda pode impactar na oferta desses insumos essenciais ao tratamento da doença. Por isto, é urgente e necessária a suspensão das cirurgias eletivas em todos os setores", afirmou o secretário.

A medida não se aplica às cirurgias e procedimentos em paciente cardíaco ou oncológico de maior gravidade, cujo atraso do procedimento possa levar a óbito do paciente.