Brasil tem média de 1.915 mortes por covid-19; 22 estados em queda
O Brasil registrou hoje uma média diária de 1.915 mortes por covid-19. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte. O número sinaliza que os óbitos provocados pelo coronavírus estão diminuindo no país. Em 22 das 27 unidades da federação, as mortes por covid-19 estão em queda.
O pico de mortes por covid-19 no Brasil ocorreu em meados de abril, com uma média de 3.125 óbitos provocados pelo coronavírus. Por outro lado, a média atual, abaixo de 2.000 mortes diárias, ainda é muito alta —maior do que o registrado em qualquer momento da pandemia em 2020.
A média diária é a melhor forma de avaliar a situação da covid. É calculada a partir dos dados da última semana, o que corrige a queda artificial de mortes sempre registrada aos fins de semana. É o caso deste domingo (16), quando foram registradas 971 mortes, bem abaixo do cenário que o país está vivendo no momento. Não é que aos domingos morram menos pessoas. O que ocorre é que muitas das mortes de domingo só são introduzidas nos bancos de dados nos dias seguintes, quando o número de funcionários trabalhando volta ao normal.
Até agora, 435.823 pessoas morreram por covid-19 no Brasil. Em todo o mundo, o número de vítimas só é maior nos Estados Unidos. Já o total de pessoas que foram diagnosticadas com covid-19 no Brasil ultrapassa 15,6 milhões.
Dados do Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde divulgou neste domingo (16) que o Brasil reportou 1.036 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o começo da pandemia, a pasta registrou 435.751 óbitos causados pela doença.
Pelos números do Ministério, houve 40.941 diagnósticos positivos para o novo coronavírus entre ontem e hoje no país. O total de infectados chegou a 15.627.475 desde março de 2020.
De acordo com o governo federal, 14.097.287 pessoas se recuperaram da doença até o momento, com outras 1.094.437 em acompanhamento.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
A média diária de mortes de hoje é comparada com a de 14 dias atrás —que é o tempo comum de manifestação da doença. Se essa variação fica acima de 15%, há aceleração. Uma queda maior que 15% é considerada desaceleração. Entre os dois índices, diz-se que há estabilidade.
Veja abaixo a variação de cada unidade da federação. Para ver os gráficos com a evolução dos números em cada estado, clique aqui.
Região Sudeste
- Espírito Santo: queda (-16%)
- Minas Gerais: queda (-24%)
- Rio de Janeiro: queda (-18%)
- São Paulo: queda (-22%)
Região Norte
- Acre: queda (-60%)
- Amazonas: queda (-18%)
- Amapá: queda (-21%)
- Pará: queda (-32%)
- Rondônia: estável (9%)
- Roraima: queda (-40%)
- Tocantins: queda (-44%)
Região Nordeste
- Alagoas: queda (-20%)
- Bahia: estável (3%)
- Ceará: queda (-32%)
- Maranhão: queda (-27%)
- Paraíba: estável (-8%)
- Pernambuco: queda (-20%)
- Piauí: queda (-18%)
- Rio Grande do Norte: estável (-5%)
- Sergipe: estável (2%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-29%)
- Goiás: queda (-18%)
- Mato Grosso: queda (-21%)
- Mato Grosso do Sul: queda (-35%)
Região Sul
- Paraná: queda (-15%)
- Rio Grande do Sul: queda (-17%)
- Santa Catarina: queda (-26%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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