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Festas e aglomerações são falta de amor ao próximo, diz prefeito de SP

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, entregam uma nova miniusina de oxigênio nas futuras instalações da UBS Vila Mariana, zona sul da cidade - ROBERTO COSTA/ESTADÃO CONTEÚDO
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, entregam uma nova miniusina de oxigênio nas futuras instalações da UBS Vila Mariana, zona sul da cidade Imagem: ROBERTO COSTA/ESTADÃO CONTEÚDO

Lucas Borges Teixeira

Do UOL, em São Paulo

07/06/2021 12h46

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse hoje que aglomerações e festas neste momento da pandemia são "falta de amor ao próximo impressionante". Capital e estado registraram diversos locais com grandes reuniões durante o último feriado, algo proibido por decreto estadual atualmente.

A prefeitura e o governo do estado têm realizado operações antifestas clandestinas quase diariamente na capital e em todo o estado. Só na madrugada de sábado (5) para domingo (6), cinco estabelecimentos irregulares foram fechados na cidade.

"A gente viu na noite passada 400 pessoas em um local na Mooca sem máscara, é uma irresponsabilidade. Campos do Jordão é um acinte à saúde pública, uma falta de amor ao próximo impressionante", declarou Nunes durante a inauguração de uma miniusina de oxigênio em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) na Vila Mariana.

De acordo com o governo estadual, a festa clandestina na Mooca, zona leste da capital, interrompida na madrugada de domingo tinha 235 pessoas, 68 delas sem máscara protetora.

Em Campos do Jordão, a 170 km da capital, também registrou aglomerações, com três festas irregulares interrompidas. Corpus Christi é o feriado em que a cidade turística fica mais cheia.

As ações antifesta clandestina são realizadas pelo Grupo Armado de Repressão a Roubos (Garra), do Departamento de Operações Especiais de Polícia (Dope), em conjunto com a Vigilância Sanitária do Estado, Procon-SP e a GCM (Guarda Civil Metropolitana).

"Estamos com a GCM atuando junto à Vigilância Sanitária durante as noites nas blitz. A gente, inclusive, fez um decreto com uma remuneração [extra] para trabalhar de dia e à noite", declarou Nunes.

Nesta segunda, a capital está com 80% dos leitos de UTI ocupados. Ele diz não considerar ainda que a cidade esteja na eminência de uma terceira onda da pandemia, mas que "pode acontecer".

Para isso, até o final do mês, a capital deverá abrir mais 251 leitos de UTI em hospitais-dia, no Hospital Municipal da Guarapiranga, no hospital da universidade Uninove e na UPA visitada hoje, que deverá ser inaugurada na semana que vem com 30 vagas de alta complexidade. Mas só abrir leitos não é o bastante, ele reforçou.

"Os números estão aí. É 80% [de ocupação de UTI] o tempo inteiro, por mais que esforços [sejam] tomados, por mais leitos que a gente tenha aberto", afirmou o prefeito. "Então, a gente faz um apelo aqui para que as pessoas tenham um pouco de consciência. Quando a pessoa faz uma ação dessa, ela se contamina, leva a doença para as pessoas e a situação não está fácil", completou Nunes.