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Crítico do governo, Hallal fala em 'retaliação' do Ministério da Saúde

O epidemiologista Pedro Hallal - Jefferson Rudy/Agência Senado
O epidemiologista Pedro Hallal Imagem: Jefferson Rudy/Agência Senado

Colaboração para o UOL, em Alagoas

29/06/2021 22h46

O epidemiologista Pedro Hallal, crítico da gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante a pandemia de coronavírus, denunciou ter sofrido "retaliação" do Ministério da Saúde ao não ter seu nome citado no Guia de Atividade Física para a População Brasileira lançado hoje pela pasta.

"É proibido citar o meu nome na cerimônia de lançamento do Guia de Atividade Física para a População Brasileira, projeto do qual fui coordenador, por convite do próprio Ministério da Saúde. É retaliação que chama, né?", escreveu Hallal em seu perfil no Twitter.

A cartilha divulgada pelo ministério da Saúde busca orientar a população sobre temas como obesidade e combate ao sedentarismo. A cartilha lançada pelo governo Bolsonaro ignora questões como o distanciamento social e a necessidade do uso de máscaras como forma de proteção contra a covid-19. Ainda, em alguns tópicos o guia incentiva práticas em grupo, o que é criticado por especialistas.

O material foi elaborado em parceria com a UFPEL (Universidade Federal de Pelotas) e envolveu cerca de 70 pesquisadores da área da atividade física e saúde, além de técnicos do ministério e da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde).

Pedro Hallal é professor da Escola Superior de Educação Física da UFPEL e coordenador do Epicovid-19, o maior estudo epidemiológico sobre coronavírus no Brasil.

Em depoimento à CPI da Covid na semana passada, o epidemiologista disse que o Brasil poderia ter evitado 400 mil das mais de 514 mil mortes pela covid-19, caso medidas de controle, como o distanciamento social e a celeridade na vacinação, tivessem sido implementadas no país.