Secretário diz que Rio pode interromper vacinação por falta de doses

O secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, afirmou neste sábado (7), em sua conta no Twitter, que a capital fluminense corre o risco de interromper novamente o calendário de vacinação contra a covid-19 na semana que vem, caso o governo federal não libere novas doses.

Soranz afirmou que o município aguarda remessas de Coronavac e de Pfizer, que dependem do envio pelo Ministério da Saúde. "Caso não se confirme, teremos que suspender o avanço do calendário para a aplicação de primeiras doses na próxima segunda-feira".

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A cobrança por vacinas também foi reforçada pelo prefeito Eduardo Paes:

"Mais uma vez, fazemos esse apelo ao Ministério da Saúde. Soube inclusive que tem um monte de Coronavac do Butantan estocada por lá. 'Bora' distribuir. Só 5% dos internados no Rio tomaram vacina. Ou seja, elas funcionam e salvam vidas".

A prefeitura do Rio vem apelando nas últimas semanas por agilidade do governo federal na liberação de vacinas. No fim do mês passado, o calendário já havia sido interrompido por cinco dias por falta de doses. O ministério, por sua vez, tem alegado que há trâmites burocráticos que fazem com que a distribuição para os estados não seja imediata.

Neste sábado, a vacinação começou mais tarde nos postos: em vez de 8h, às 10h. O motivo foi a entrega das doses somente no fim da sexta para a prefeitura, o que fez com que a distribuição para os locais de aplicação entrasse pela madrugada.

Foram registradas longas filas em alguns postos desde a manhã. Segundo a prefeitura, elas foram provocadas por instabilidade no sistema utilizado para registrar os dados dos imunizados.

Caso mais vacinas não cheguem, a imunização seguirá apenas para segunda dose na segunda-feira. Apesar dos atrasos, a Secretaria Municipal de Saúde espera concluir a vacinação de toda a população adulta da capital até o próximo dia 18.