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Paes se defende de críticas e diz que segue ouvindo 'mesmo time da ciência'

Eduardo Paes sinalizou possibilidade de Rio de Janeiro desobrigar uso da máscara a partir do dia 15 de outubro  - Beth Santos/Prefeitura do Rio
Eduardo Paes sinalizou possibilidade de Rio de Janeiro desobrigar uso da máscara a partir do dia 15 de outubro Imagem: Beth Santos/Prefeitura do Rio

Do UOL, em São Paulo

06/10/2021 08h00

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD-RJ), disse hoje que segue "ouvindo o mesmo time" para definir as políticas públicas de combate à pandemia do novo coronavírus.

A manifestação ocorre depois de o prefeito ter sinalizado a possibilidade de desobrigar o uso de máscaras em ambientes externos da capital fluminense, o que gerou críticas de parte dos especialistas.

Ao compartilhar uma mensagem que dizia haver uma "Guerra de Lattes" entre cientistas com visões diferentes sobre o fim da obrigatoriedade das máscaras, Paes afirmou que cada um quer ficar com a "ciência que lhe convém".

"Obrigado por dizer o que eu estava quieto aqui pensando. E quem segue a ciência vai acabar confuso pelo jeito. Cada um querer ficar com a "ciência que lhe convém", é um debate que não precisamos nesse momento. Eu sigo ouvindo o mesmo time. Gente conhecida e respeitada. E da ciência!", escreveu.

Citando uma ata do Comitê Científico da Prefeitura em agosto, Paes disse na última segunda-feira (4) que o uso de máscaras em ambientes ao ar livre, sem aglomeração, poderá ser desobrigado na cidade do Rio de Janeiro já no próximo dia 15 de outubro.

No documento, a segunda etapa de redução das medidas restritivas prevê que, com 65% da população com esquema vacinal completo, haverá desobrigação no uso de máscaras em locais abertos sem aglomeração, mantendo sua utilização obrigatória onde não se consiga manter o distanciamento.

A possível mudança foi criticada por especialistas da área da saúde ouvidos pelo UOL. "Esse é um vírus que surfa nas oportunidades. E o que a gente tem que fazer é não dar oportunidade", disse Flávio Guimarães da Fonseca, presidente da SBV (Sociedade Brasileira de Virologia) e virologista da UFMG (Universidade Federal de Minais Gerais).