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Queiroga diz que CoronaVac pode ser usada em 2022 se aprovada pela Anvisa

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em coletiva de imprensa sobre a campanha de vacinação contra covid-19 em 2022 - Myke Sena/MS
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em coletiva de imprensa sobre a campanha de vacinação contra covid-19 em 2022 Imagem: Myke Sena/MS

Do UOL, em São Paulo

08/10/2021 21h20

O ministro da Saúde Marcelo Queiroga disse hoje que a CoronaVac, vacina contra covid-19 da Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, pode voltar a ser incluída no SUS (Sistema Único de Saúde) se conseguir o registro definitivo na Anvisa.

"Qualquer vacina fora do ambiente de emergência sanitária, qualquer produto, insumo, medicamento, é necessário ter o registro definitivo na Anvisa. Portanto, o Ministério da Saúde prioriza vacinas que têm o registro definitivo na Anvisa, e as duas são a Pfizer e a AstraZeneca", falou em entrevista coletiva.

Se outra vacina, como a vacina da CoronaVac, lograr o registro definitivo na Anvisa, pode ser considerado, continuou

Até o momento, a CoronaVac tem apenas autorização de uso emergencial. Esse tipo de permissão vale enquanto durar a decreto de estado de pandemia no país, que deve se encerrar no fim do ano.

O ministério informou nesta semana que pode descontinuar o uso da vacina CoronaVac na imunização contra a covid-19 em 2022. Em informações prestadas à CPI da Covid, a pasta justificou a alteração pela "baixa efetividade" do imunizante na população acima de 80 anos e ao fato de ainda não ser indicada para uso como dose de reforço, além da falta do registro.

"A razão sobre a possível descontinuidade da vacina CoronaVac no ano de 2022 está diretamente relacionada com condição de sua avaliação pela Anvisa. Até o presente momento, a autorização é temporária de uso emergencial, que foi concedida para minimizar, da forma mais rápida possível, os impactos da doença no território nacional", informou.

O governo federal fez dois contratos com o Butantan, responsável pelo envase da vacina de origem chinesa no Brasil, para aquisição de um total de 100 milhões de doses da CoronaVac, já entregues. Existia a possibilidade de um terceiro acordo, para mais 30 milhões de doses, mas as negociações não foram adiante.

Recentemente o presidente do Butantan, Dimas Covas, disse que a obtenção do registro definitivo da CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, é uma decorrência e que será feito quando os dados sobre o imunizante forem consolidados. Ele não deu um prazo para que isso ocorra.