Covid: Brasil registra média de menos de 300 mortes pela 1ª vez em 18 meses
Pela primeira vez desde o final de abril de 2020, o Brasil registrou uma média móvel de mortes menor do que 300. De acordo com dados obtidos pelo consórcio dos veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de Saúde, a média hoje (1º) ficou em 296.
A última vez que o índice havia ficado abaixo de 300 foi em 27 de abril de 2020, quando registrou uma média de 287 mortes.
O índice de hoje é -16% menor que o número de 14 dias atrás, o que aponta para uma tendência de queda nas mortes do país. A média móvel já está abaixo de 400 há 21 dias e abaixo de 350 desde 23 de outubro.
O Brasil registrou hoje 94 mortes por covid-19. Com isso, o total de óbitos pela doença chegou a 607.954, de acordo com o consórcio.
A média móvel é o melhor indicador para analisar a pandemia, pois corrige as flutuações nos dados das secretarias de saúde que ocorrem aos fins de semana e feriados. A média dos últimos sete dias é comparada com o mesmo índice de 14 dias atrás. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda; acima de 15%, aceleração; entre esses dois valores, estabilidade.
Hoje, dois estados não atualizaram dados sobre mortes: Acre e Santa Catarina. Outros dois não tiveram mortes em decorrência da covid-19. São eles: Ceará e Rondônia.
Houve registro de queda na média móvel de mortes em 15 estados e no Distrito Federal, enquanto três tiveram alta. Outros oito tiveram estabilidade.
Das regiões, Centro-Oeste, Norte e Sul tiveram queda, com -41%, também -41% e -24% respectivamente. As demais se mantiveram estáveis: Nordeste (-9%) e Sudeste (-4%).
Desde as 20h de ontem foram registrados 3.875 novos casos de coronavírus e a média de testes positivos foi 11.077. Desde o início da pandemia já foram feitos 21.812.429 diagnósticos da doença.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal
Região Sudeste
- Espírito Santo: queda (-25%)
- Minas Gerais: estável (-14%)
- Rio de Janeiro: queda (-18%)
- São Paulo: alta (23%)
Região Norte
- Acre: estabilidade (0%)
- Amazonas: estabilidade (-13%)
- Amapá: queda (-33%)
- Pará: queda (-35%)
- Rondônia: queda (-33%)
- Roraima: queda (-92%)
- Tocantins: queda (-32%)
Região Nordeste
- Alagoas: queda (-22%)
- Bahia: estável (-11%)
- Ceará: queda (-52%)
- Maranhão: estável (8%)
- Paraíba: estável (14%)
- Pernambuco: alta (45%)
- Piauí: queda (-47%)
- Rio Grande do Norte: alta (47%)
- Sergipe: estável (0%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-25%)
- Goiás: queda (-47%)
- Mato Grosso: queda (-55%)
- Mato Grosso do Sul: queda (-42%)
Região Sul
- Paraná: queda (-37%)
- Rio Grande do Sul: estável (2%)
- Santa Catarina: queda (-16%)
Dados do ministério
Nas últimas 24 horas, foram reportadas 98 novas mortes provocadas pela covid-19 no Brasil, segundo boletim divulgado hoje pelo Ministério da Saúde. Desde o começo da pandemia, a doença causou 607.922 óbitos em todo o país.
Pelos dados da pasta, houve 3.838 casos confirmados de covid-19 no Brasil entre ontem e hoje, elevando o total de infectados para 21.814.693 desde março de 2020.
De acordo com o governo federal, houve 21.003.105 casos recuperados da doença até o momento, com outros 203.666 em acompanhamento.
Governo proíbe demissão de pessoas que não se vacinaram contra covid
O Ministério do Trabalho publicou uma portaria para proibir a demissão de pessoas que não foram vacinadas contra a covid-19.
A portaria 620, publicada no Diário Oficial e assinada pelo ministro Onyx Lorenzoni, diz que empresas e órgãos públicos não poderão dispensar funcionários que não comprovem ter recebido a imunização contra o novo coronavírus. Na semana passada, a Prefeitura de São Paulo demitiu servidores que não foram vacinados.
O texto diz que é "prática discriminatória a obrigatoriedade de certificado de vacinação em processos seletivos de admissão de trabalhadores, assim como a demissão por justa causa de empregado em razão da não apresentação de certificado de vacinação".
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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