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Covid: Brasil registra média de menos de 300 mortes pela 1ª vez em 18 meses

Brasil está perto de alcançar a marca de 608 mil mortes causadas pela covid-19, de acordo com o Ministério da Saúde - Lalo de Almeida/Folhapress
Brasil está perto de alcançar a marca de 608 mil mortes causadas pela covid-19, de acordo com o Ministério da Saúde Imagem: Lalo de Almeida/Folhapress

Nathan Lopes e Ricardo Espina

Do UOL, em São Paulo, e colaboração para o UOL, em São Paulo

01/11/2021 18h42Atualizada em 01/11/2021 20h36

Pela primeira vez desde o final de abril de 2020, o Brasil registrou uma média móvel de mortes menor do que 300. De acordo com dados obtidos pelo consórcio dos veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de Saúde, a média hoje (1º) ficou em 296.

A última vez que o índice havia ficado abaixo de 300 foi em 27 de abril de 2020, quando registrou uma média de 287 mortes.

O índice de hoje é -16% menor que o número de 14 dias atrás, o que aponta para uma tendência de queda nas mortes do país. A média móvel já está abaixo de 400 há 21 dias e abaixo de 350 desde 23 de outubro.

O Brasil registrou hoje 94 mortes por covid-19. Com isso, o total de óbitos pela doença chegou a 607.954, de acordo com o consórcio.

A média móvel é o melhor indicador para analisar a pandemia, pois corrige as flutuações nos dados das secretarias de saúde que ocorrem aos fins de semana e feriados. A média dos últimos sete dias é comparada com o mesmo índice de 14 dias atrás. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda; acima de 15%, aceleração; entre esses dois valores, estabilidade.

Hoje, dois estados não atualizaram dados sobre mortes: Acre e Santa Catarina. Outros dois não tiveram mortes em decorrência da covid-19. São eles: Ceará e Rondônia.

Houve registro de queda na média móvel de mortes em 15 estados e no Distrito Federal, enquanto três tiveram alta. Outros oito tiveram estabilidade.

Das regiões, Centro-Oeste, Norte e Sul tiveram queda, com -41%, também -41% e -24% respectivamente. As demais se mantiveram estáveis: Nordeste (-9%) e Sudeste (-4%).

Desde as 20h de ontem foram registrados 3.875 novos casos de coronavírus e a média de testes positivos foi 11.077. Desde o início da pandemia já foram feitos 21.812.429 diagnósticos da doença.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal

Região Sudeste

  • Espírito Santo: queda (-25%)
  • Minas Gerais: estável (-14%)
  • Rio de Janeiro: queda (-18%)
  • São Paulo: alta (23%)

Região Norte

  • Acre: estabilidade (0%)
  • Amazonas: estabilidade (-13%)
  • Amapá: queda (-33%)
  • Pará: queda (-35%)
  • Rondônia: queda (-33%)
  • Roraima: queda (-92%)
  • Tocantins: queda (-32%)

Região Nordeste

  • Alagoas: queda (-22%)
  • Bahia: estável (-11%)
  • Ceará: queda (-52%)
  • Maranhão: estável (8%)
  • Paraíba: estável (14%)
  • Pernambuco: alta (45%)
  • Piauí: queda (-47%)
  • Rio Grande do Norte: alta (47%)
  • Sergipe: estável (0%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: queda (-25%)
  • Goiás: queda (-47%)
  • Mato Grosso: queda (-55%)
  • Mato Grosso do Sul: queda (-42%)

Região Sul

  • Paraná: queda (-37%)
  • Rio Grande do Sul: estável (2%)
  • Santa Catarina: queda (-16%)

Dados do ministério

Nas últimas 24 horas, foram reportadas 98 novas mortes provocadas pela covid-19 no Brasil, segundo boletim divulgado hoje pelo Ministério da Saúde. Desde o começo da pandemia, a doença causou 607.922 óbitos em todo o país.

Pelos dados da pasta, houve 3.838 casos confirmados de covid-19 no Brasil entre ontem e hoje, elevando o total de infectados para 21.814.693 desde março de 2020.

De acordo com o governo federal, houve 21.003.105 casos recuperados da doença até o momento, com outros 203.666 em acompanhamento.

Governo proíbe demissão de pessoas que não se vacinaram contra covid

O Ministério do Trabalho publicou uma portaria para proibir a demissão de pessoas que não foram vacinadas contra a covid-19.

A portaria 620, publicada no Diário Oficial e assinada pelo ministro Onyx Lorenzoni, diz que empresas e órgãos públicos não poderão dispensar funcionários que não comprovem ter recebido a imunização contra o novo coronavírus. Na semana passada, a Prefeitura de São Paulo demitiu servidores que não foram vacinados.

O texto diz que é "prática discriminatória a obrigatoriedade de certificado de vacinação em processos seletivos de admissão de trabalhadores, assim como a demissão por justa causa de empregado em razão da não apresentação de certificado de vacinação".

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.