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Covid: Média de mortes fica abaixo de 200 pela 1ª vez desde abril de 2020

Covid-19 já causou mais de 612 mil mortes no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde - Nelson Almeida/AFP
Covid-19 já causou mais de 612 mil mortes no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde Imagem: Nelson Almeida/AFP

Carolina Marins e Ricardo Espina

Do UOL e colaboração para o UOL, em São Paulo

20/11/2021 18h57Atualizada em 20/11/2021 20h24

O Brasil registrou 214 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, elevando o total para 612.625. Com isso, a média móvel de mortes ficou abaixo de 200 pela primeira vez desde abril de 2020. Os dados foram obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de Saúde.

Em média, 196 pessoas morreram nos últimos sete dias. Este é o menor número desde 19 de abril de 2020, quando houve o registro de 199 óbitos em média.

Com isso, o Brasil volta a apresentar tendência de queda nas mortes. A média de hoje é 16% menor que o índice de 14 dias atrás.

Este indicador é o melhor para analisar a pandemia, pois corrige as flutuações nos dados das secretarias de Saúde, que costumam ficar represados aos fins de semana e feriados.

A média diária é comparada com o mesmo índice de 14 dias atrás. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda; acima de 15%, aceleração; entre esses dois valores, estabilidade.

O estado do Acre não atualizou seus dados até às 20h de hoje e o Distrito Federal não divulga os números aos fins de semana.

Sendo assim, três estados não tiveram registro de mortes hoje: Amazonas, Amapá e Goiás.

Desconsiderando Acre e Distrito Federal, 9 estados tiveram alta na média de mortes, enquanto 8 tiveram queda. Outros 8 se mantiveram estáveis.

Das regiões, apenas Nordeste e Norte tiveram alta, com 41% e 96% respectivamente. As demais apresentaram queda: Centro-Oeste (-47%), Sudeste (-26%) e Sul (-18%).

Desde as 20h de ontem, também foram registrados 8.603 novos casos de coronavírus no país. Com os dados de hoje, o total de diagnósticos chegou a 22.009.972 casos.

A média móvel de casos está em 8.383, menor número desde 8 de maio de 2020. Esse indicador é 15% menor que a média de 14 dias atrás, o que indica tendência de estabilidade.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal

Região Sudeste

  • Espírito Santo: queda (-17%)
  • Minas Gerais: queda (-40%)
  • Rio de Janeiro: queda (-24%)
  • São Paulo: queda (-23%)

Região Norte

  • Acre: estável (0%) *O estado não divulgou dados até às 20h de hoje, portanto, a variação se refere aos dados de ontem
  • Amazonas: alta (50%)
  • Amapá: queda (-50%)
  • Pará: alta (225%)
  • Rondônia: alta (157%)
  • Roraima: queda (-43%)
  • Tocantins: estável (0%)

Região Nordeste

  • Alagoas: estável (0%)
  • Bahia: alta (33%)
  • Ceará: alta (550%)
  • Maranhão: estável (13%)
  • Paraíba: estável (8%)
  • Pernambuco: estável (-4%)
  • Piauí: alta (100%)
  • Rio Grande do Norte: alta (67%)
  • Sergipe: alta (67%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: queda (-18%) *O estado não divulga dados aos fins de semana, portanto, a variação se refere aos dados de ontem
  • Goiás: queda (-75%)
  • Mato Grosso: estável (6%)
  • Mato Grosso do Sul: alta (29%)

Região Sul

  • Paraná: queda (-57%)
  • Rio Grande do Sul: estável (-3%)
  • Santa Catarina: estável (10%)

Dados do Ministério da Saúde

Nas últimas 24 horas, foram registradas 217 novas mortes causadas pela covid-19 no Brasil, segundo boletim divulgado hoje pelo Ministério da Saúde. Desde o começo da pandemia, a doença já provocou 612.587 óbitos em todo o país.

Pelos números informados pela pasta, houve 8.833 casos confirmados de covid-19 no Brasil entre ontem e hoje, elevando para 22.012.150 o total de infectados.

De acordo com o governo federal, houve 21.217.739 casos recuperados da doença até agora no país, com outros 181.824 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.