Lula cobra Bolsonaro por não adotar medidas contra nova variante

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silvan (PT) criticou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por não adotar medidas de prevenção contra a nova cepa, a ômicron, descoberta na África do Sul e que tem oito vezes mais mutações que demais variantes. Lula e Bolsonaro são potenciais candidatos às eleições do ano que vem.

Nas redes sociais, o petista acusou Bolsonaro de omissão e por não exigir vacinação e testes de turistas estrangeiros, como, segundo ele, o mundo inteiro tem feito.

Bolsonaro segue sendo o maior aliado do coronavírus. No começo da pandemia impediu o governo do Ceará de fechar fronteiras para se proteger da chegada da doença. Agora não quer exigir vacinação e testes de turistas estrangeiros, como o mundo inteiro tem feito. Lula, em seu perfil no Twitter

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A OMS (Organização Mundial de Saúde) declarou hoje que a nova cepa do SARS-CoV-2, a ômicron, é uma variante de preocupação (VOCs), a quinta classificada dessa forma. Mas essa nova variante surpreendeu os cientistas pelo número oito vezes maior de mutações de outras cepas já classificadas como de preocupação, além da velocidade de contágio.

A OMS aponta que a variante foi detectada a taxas mais rápidas do que os surtos anteriores de infecção.

O presidente Jair Bolsonaro disse hoje que o Brasil e o mundo não aguentam um novo lockdown, ao comentar sobre a possibilidade da chegada de uma nova variante da covid-19, como está sendo cogitada com a cepa surgida na África do Sul e que tem se espalhado por outros países. Ele participou, nesta tarde, das comemorações do 76° Aniversário da Brigada de Infantaria Paraquedista, no Rio de Janeiro.

Tudo pode acontecer. Uma nova variante, um novo vírus. Temos que nos preparar. O Brasil, o mundo, não aguenta um novo lockdown. Vai condenar todo mundo à miséria e a miséria leva à morte também. Não adianta se apavorar. Encarar a realidade. O lockdown não foi uma medida apropriada. Em consequência da política do 'fique em casa e a economia a gente vê depois', a gente está vendo agora. Problemas estamos tendo. Bolsonaro, ao comentar descoberta de nova cepa

Sobre a possibilidade de fechar fronteiras, o presidente disse que não tomará nenhuma medida irracional. Também disse que não tem ingerência sobre a realização de festas de carnaval, que são afeitas aos níveis estaduais e municipais de governo.

"Eu vou tomar medidas racionais. Carnaval, por exemplo, eu não vou pro carnaval. A decisão cabe a governadores e prefeitos. Eu não tenho comando no combate à pandemia. A decisão foi dada, pelo STF, a governadores e prefeitos. Eu fiz a minha parte no ano passado e continuo fazendo. Recursos, material, pessoal, questões emergenciais, como oxigênio lá em Manaus", acrescentou, em seguida..