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Brasil tem média de mortes abaixo de 190 pela 1ª vez desde abril de 2020

Em média, morreram 188 pessoas pela covid-19 hoje. A média móvel de óbitos está abaixo de 200 há quatro dias consecutivos - Rogério Galasse/Estadão Conteúdo
Em média, morreram 188 pessoas pela covid-19 hoje. A média móvel de óbitos está abaixo de 200 há quatro dias consecutivos Imagem: Rogério Galasse/Estadão Conteúdo

Leonardo Martins, Sara Baptista e Ricardo Espina

Do UOL e colaboração para o UOL, em São Paulo

07/12/2021 19h29Atualizada em 07/12/2021 21h24

O Brasil registrou nesta terça-feira (7) média móvel de 188 mortes. É a primeira vez que o número fica abaixo de 190 desde 22 de abril do ano passado, quando a média ficou em 168. Há quatro dias o dado segue abaixo de 200.

Nas últimas 24 horas, foram registradas 278 mortes por covid-19 no país. Com isso, o total de vítimas fatais da doença ultrapassou os 616 mil, chegando a 616.067. Os dados foram obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de Saúde.

Hoje, o estados do Acre, Amazonas e Amapá não registraram nenhuma morte pela covid-19.

A média móvel é o indicador que corrige as flutuações nos dados das secretarias de saúde que ocorrem aos fins de semana e feriados. Às segundas-feiras, por exemplo, os números de casos e mortes costumam ser mais baixos devido ao represamento de dados que acontece nos fins de semana.

A média dos últimos sete dias é comparada com o mesmo índice de 14 dias atrás. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda; acima de 15%, aceleração; entre esses dois valores, estabilidade.

Atualmente, 17 estados e o Distrito Federal estão em tendência de queda, enquanto seis estados tiveram tendência de estabilidade. Três unidades da federação seguem em aceleração.

As regiões Sul (-21%), Centro-Oeste (-32%) e Nordeste (-23%) apresentam tendência de queda. As outras regiões registram estabilidade — Norte com 13% e Sudeste com -5%.

Desde as 20h de ontem também foram registrados 10.303 novos casos de coronavírus no país — em média, foram 9.016 testes positivos. Até hoje foram feitos um total de 22.156.307 diagnósticos da doença.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal

Região Sudeste

  • Espírito Santo: estável (-11%)
  • Minas Gerais: estável (13%)
  • Rio de Janeiro: queda (-17%)
  • São Paulo: estável (-5%)

Região Norte

  • Acre: estável (0%)
  • Amazonas: queda (-27%)
  • Amapá: queda (-50%)
  • Pará: alta (28%)
  • Rondônia: queda (-45%)
  • Roraima: queda (-33%)
  • Tocantins: queda (-36%)

Região Nordeste

  • Alagoas: queda (-36%)
  • Bahia: queda (-30%)
  • Ceará: queda (-33%)
  • Maranhão: estável (0%)
  • Paraíba: queda (-30%)
  • Pernambuco: queda (-34%)
  • Piauí: estável (14%)
  • Rio Grande do Norte: queda (-55%)
  • Sergipe: alta (67%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: queda (-63%)
  • Goiás: queda (-19%)
  • Mato Grosso: queda (-64%)
  • Mato Grosso do Sul: alta (30%)

Região Sul

  • Paraná: queda (-31%)
  • Rio Grande do Sul: queda (-18%)
  • Santa Catarina: queda (-24%)

Dados do Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde informou hoje que foram computadas 274 novas mortes provocadas pela covid-19 no Brasil nas últimas 24 horas. Desde o começo da pandemia, a doença causou 616.018 óbitos em todo o país.

Pelos dados divulgados pelo ministério, houve 10.250 casos confirmados de covid-19 no Brasil entre ontem e hoje, elevando para 22.157.726 o total de infectados desde março de 2020.

Segundo o governo federal, houve 21.386.271 casos recuperados da doença até o momento, com outros 155.437 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.