Covid: 76% dos internados no Emílio Ribas em SP não têm vacinação completa
Em média, 8 em cada 10 pacientes internados em leitos de enfermaria e UTI para covid-19 no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, referência no tratamento da covid em São Paulo, não tomaram vacina contra a doença ou não completaram a imunização.
De acordo com secretário de Saúde do estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, 76% dos 50 pacientes hospitalizados com confirmação ou suspeita de infecção pelo coronavírus na unidade não estão completamente imunizados ou nem ao menos tomaram a primeira dose da vacina.
Atualmente, há 145 leitos de enfermaria e UTI disponíveis na unidade, segundo a secretaria de Saúde.
O dado reflete um cenário que nós já sabíamos: a importância da vacinação com duas doses e, claro, com a dose de reforço se for o momento"
Jean Gorinchteyn, secretário de Saúde do estado de São Paulo
O avanço de infecções por covid-19, principalmente com a chegada da variante ômicron (mais transmissível que as cepas anteriores), tem pressionado os prontos-socorros de hospitais brasileiros por atendimento.
Casos mais graves da doença refletem na alta de internações em enfermarias e UTI. Como há um salto de infecções, o fato de a maioria dos casos serem, em tese, menos agressivos não inibe que uma parcela significativa de pessoas desenvolva sintomas graves — sobretudo as que não tomaram as vacinas disponibilizadas pelo governo.
Apesar disso, estudos e autoridades apontam que há menos complicações causadas pela nova variante.
Ao menos 85,54% da população de São Paulo recebeu ao menos uma dose de vacina e 79,85% completaram o esquema vacinal.
Em alta, a ocupação de leitos de enfermaria em hospitais de São Paulo está em 45,1% e, de UTI, 41,2%, de acordo com dados do governo de São Paulo.
Na última semana, segundo a secretaria de Saúde, houve aumento de 30% nas internações, de forma mais intensa nos leitos de enfermaria. Atualmente, há 6.135 pacientes internados no estado, sendo 4.161 pessoas em enfermaria.
"Preventivamente, a secretaria da Saúde desacelerou em janeiro qualquer redirecionamento dos leitos exclusivos para a assistência do coronavírus e, se necessário, ampliará a assistência exclusiva. Nos últimos dias, a pasta estadual remanejou as equipes dentro das unidades, autorizou plantões extras e reforçou as equipes terceirizadas para garantir a assistência", afirma a pasta.
Na capital paulista, a prefeitura anunciou um "Plano de Contingência Hospitalar". Ao menos 1.110 leitos serão reservados para tratamento da covid-19. Outras 33 unidades de saúde tiveram o horário de funcionamento ampliado, até as 22h, e seis unidades passaram a funcionar 24h.
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