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Fiocruz: Positividade de testes de covid saltou de 3% para 37% em janeiro

De acordo com a Fiocruz, as centrais já realizaram mais de 9,5 milhões de testes PT-PCR - iStock
De acordo com a Fiocruz, as centrais já realizaram mais de 9,5 milhões de testes PT-PCR Imagem: iStock

Do UOL, em São Paulo

01/02/2022 19h45Atualizada em 01/02/2022 19h53

Até o dia 24 de janeiro o percentual de casos positivos a partir de testes RT-PCR analisados pelos laboratórios da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) alcançou a marca de 37% contra os 3% registrados durante os 31 dias de dezembro de 2021.

Segundo a Agência Fiocruz de Notícias, as informações coletadas na rede pública de saúde foram organizadas pelo Escritório de Testagem da Fiocruz que teve entre as fontes o GAL (Sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial do Ministério da Saúde) e as Centrais de Grande Processamento da Fundação com sedes no Ceará, Paraná e Rio de Janeiro.

Maria Clara Lippi, coordenadora do Escritório de Testagem da Fiocruz, esclareceu que a alta de positividade também se deve em razão do aumento ao acesso de testes e nos processamentos desses pelas redes de saúde.

"Em menos de um mês, passamos de uma média semanal de 25 mil testes liberados com menos de 5% de positividade (dezembro/2021), para um patamar de processamento que cresce a cada semana e já supera 100 mil amostras por semana e 30% de positividade (janeiro/2022). Com o aumento do volume de amostras, mais uma vez as Centrais demonstram consistência e alta capacidade de resposta às demandas da testagem", explicou.

Os dados também mostraram que na semana epidemiológica 3, compreendida entre os dias 16 a 22 de janeiro de 2022, foram investigados 121.275 amostras nas centrais da fundação. O número analisado é 195% maior se comparado com a média das oito semanas anteriores, o que indica a alta na realização dos testes pela população.

De acordo com a Fiocruz, as centrais já realizaram mais de 9,5 milhões de testes PT-PCR, em atendimento a 23 unidades da federação, para auxiliar o Ministério da Saúde. Isso representa 35% de todos os testes já realizados pelo SUS (Sistema Único de Saúde) na rede pública.

A Fiocruz explicou ainda que a pesquisa não utiliza dados provenientes de testes rápidos porque essas amostras não são enviadas para as unidades responsáveis por fazerem os diagnósticos já que elas são analisadas logo após o fim da realização do exame.

Ômicron impacta casos positivos

A coordenadora-geral da Unidade de Apoio ao Diagnóstico da covid-19 Erika de Carvalho declarou que o atual momento da pandemia, que ela considera como um quadro de "explosão de casos", é reflexo das festas de fim de ano e das flexibilizações feitas pelos governos devido ao avanço da vacinação.

"Isso fez com que a ômicron expandisse e contaminasse uma quantidade tão grande de pessoas. Sabemos que ela é uma cepa cujo contágio é mais fácil e isso explica bem os números."

Carvalho explicou que, apesar de achar que essa alta de casos possa ser uma ocorrência sazonal, ainda é necessário continuar observando o avanço da doença pelo território nacional.