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Covid: número de casos desacelera, mas média de mortes segue acima de 800

Já foram registradas mais de 639 mil mortes causadas pela covid-19 no Brasil, segundo o Ministério da Saúde - SANDRO PEREIRA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Já foram registradas mais de 639 mil mortes causadas pela covid-19 no Brasil, segundo o Ministério da Saúde Imagem: SANDRO PEREIRA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Isabella Cavalcante, Hygino Vasconcellos e Ricardo Espina

Do UOL, em São Paulo e Colaboração para o UOL, em Balneário Camboriú (SC) e em São Paulo

15/02/2022 18h48Atualizada em 16/02/2022 07h21

O Brasil registrou hoje 909 mortes por covid-19 em 24 horas e pelo oitavo dia, a média móvel há oito dias ficou acima de 800, chegando a 847. O índice é o mais confiável para checar o avanço ou regresso da pandemia, calculado a partir da média de mortes dos últimos sete dias. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.

Desde o início da pandemia, o Brasil teve 639.822 vidas perdidas em decorrência do coronavírus.

Quatro regiões do Brasil estão em aceleração na média móvel de mortes: Nordeste (31%), Norte (34%), Sudeste (40%) e Sul (37%). Apenas o Centro-oeste está em estabilidade, com 7%. No país como um todo, a tendência é de aceleração (30%).

Dezoito estados e o Distrito Federal também estão em tendência de alta, sete estão estáveis e um em queda.

Essa variação é calculada comparando a média com o mesmo índice de 14 dias atrás. O valor acima de 15% indica tendência de alta; abaixo de -15%, queda; entre 15% e -15%, significa estabilidade.

O Brasil teve, em 24 horas, 123.827 novos casos conhecidos de covid-19 notificados. Ao todo, o país registrou 27.664.958 testes positivos para o coronavírus.

A média móvel de casos conhecidos da doença ficou hoje em 127.077. Este indicador vem desacelerando no último mês e, pelo sexto dia seguido, apresenta tendência de queda, de -29%.

São quatro estados com média móvel de casos em aceleração, outros sete em estabilidade e 15 estados e o Distrito Federal com queda.

Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no DF:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: alta (24%)
  • Minas Gerais: alta (42%)
  • Rio de Janeiro: alta (150%)
  • São Paulo: estabilidade (9%)

Região Norte

  • Acre: alta (71%)
  • Amazonas: queda (-47%)
  • Amapá: alta (100%)
  • Pará: alta (55%)
  • Rondônia: alta (357%)
  • Roraima: estabilidade (0%)
  • Tocantins: estabilidade (0%)

Região Nordeste

  • Alagoas: alta (71%)
  • Bahia: alta (64%)
  • Ceará: estabilidade (9%)
  • Maranhão: alta (98%)
  • Paraíba: alta (41%)
  • Pernambuco: alta (33%)
  • Piauí: alta (100%)
  • Rio Grande do Norte: alta (16%)
  • Sergipe: alta (47%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: alta (36%)
  • Goiás: estabilidade (-3%)
  • Mato Grosso: estabilidade (0%)
  • Mato Grosso do Sul: alta (19%)

Região Sul

  • Paraná: alta (18%)
  • Rio Grande do Sul: alta (49%)
  • Santa Catarina: estabilidade (-8%)

Dados do Ministério da Saúde

Em boletim divulgado hoje (15), o Ministério da Saúde informou que foram registradas 854 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas no Brasil. Desde o início da pandemia, a doença já provocou 639.689 óbitos em todo o país.

Pelos dados da pasta, houve 120.549 testes positivos para o novo coronavírus entre ontem e hoje no Brasil, elevando o total de infectados para 27.659.052 desde março de 2020.

Segundo o governo federal, o total de casos recuperados da doença chegou a 24.252.534, com outros 2.766.829 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.

Errata: este conteúdo foi atualizado
A matéria foi atualizada com os dados mais recentes do consórcio de imprensa.