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Jamil Chade

REPORTAGEM

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OMS: Brasil tem alta de 44% em mortes pela covid e ocupa 3ª posição mundial

Dois terços dos entrevistados recentemente infectados com a variante ômicron afirmaram já terem tido covid anteriormente, segundo dados de um estudo com milhares de voluntários na Inglaterra. - PA Media
Dois terços dos entrevistados recentemente infectados com a variante ômicron afirmaram já terem tido covid anteriormente, segundo dados de um estudo com milhares de voluntários na Inglaterra. Imagem: PA Media

Colunista do UOL

15/02/2022 17h57Atualizada em 15/02/2022 18h19

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O novo informe da OMS (Organização Mundial da Saúde) sobre a covid-19 revela que o número de novos contaminados no mundo na semana que terminou no último domingo (13) sofreu uma queda importante. Mas, no Brasil, as mortes continuam em alta.

Na semana entre os dias 7 e 13 de fevereiro, 16 milhões de novos casos da covid-19 foram registrados, uma redução de 19% em comparação aos sete dias anteriores. No que se refere às mortes, elas aumentaram em apenas 4%, para um total de 75 mil.

Pela primeira vez em mais de um mês, a liderança no número de novos casos já não é dos EUA. A Rússia, com 1,3 milhão de casos e aumento de 23%, aparece como o novo epicentro da crise, seguida pela Alemanha, com praticamente o mesmo volume de novas infecções. A terceira posição é dos EUA, com 1,2 milhão de casos e uma queda de 43% em comparação aos sete dias anteriores. O Brasil aparece na quarta colocação, com 1 milhão de casos e uma queda de 19%.

Mas, no que se refere aos óbitos, a OMS destaca que a taxa continua extremamente elevada, derrubando a tese de que a variante ômicron não seria uma ameaça. Nos EUA, foram 17 mil óbitos em uma semana, contra 6,6 mil na Índia.

O Brasil aparece na terceira posição, com praticamente o mesmo número de casos da Índia, 6,6 mil, mas com uma alta de 44% em comparação à semana anterior. O ranking ainda traz a Rússia na quarta posição, seguida pelo México.

Para a OMS, o mundo pode sair da fase aguda da pandemia ainda em 2022. Mas, para isso, precisa garantir a vacinação de 70% da população de cada país. Segundo a agência, porém, mais de cem países não estão na trajetória correta de imunização para garantir que a meta seja atingida.

Apesar de mais de 10 bilhões de doses das vacinas já terem sido administradas no mundo, regiões inteiras continuam com um abastecimento de menos de 20% de suas respectivas populações.