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Brasil tem média móvel de mortes pela covid acima de 800 pelo 12º dia

Brasil já registrou mais de 643 mil mortes causadas pela covid-19, de acordo com o Ministério da Saúde - Ellan Lustosa/Código19/Estadão Conteúdo
Brasil já registrou mais de 643 mil mortes causadas pela covid-19, de acordo com o Ministério da Saúde Imagem: Ellan Lustosa/Código19/Estadão Conteúdo

Do UOL e colaboração para o UOL, em São Paulo

19/02/2022 18h08Atualizada em 19/02/2022 22h37

O Brasil mantém a média móvel de mortes pela covid-19 acima de 800 pelo 12º dia seguido, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte. A média deste sábado (19) é de 831 mortes, com 827 óbitos registrados nas últimas 24 horas.

A média móvel é calculada a partir da média de mortes dos últimos sete dias e é apontada por especialistas como o índice mais confiável para observar o avanço ou retrocesso da pandemia.

O total de mortes pela doença é de 643.938. Desde ontem, foram notificados 94.876 novos casos conhecidos, totalizando 28.159.100 diagnósticos desde o início da pandemia, em março de 2020.

Três unidades federativas não divulgaram novos dados até a publicação deste texto: ES, SC e DF (que não faz atualizações aos finais de semana).

Apenas o Sudeste está em aceleração na média móvel de mortes, com 16%. As outras quatro regiões do país estão em estabilidade: Centro-Oeste (-3%), Nordeste (6%), Norte (5%) e Sul (2%).

No país, a tendência é de estabilidade (8%). O Distrito Federal e 11 estados estão em tendência de alta, já outros 12 estados estão estáveis e 3 estão em queda.

Essa variação é calculada comparando a média com o mesmo índice de 14 dias atrás. O valor acima de 15% indica tendência de alta; abaixo de -15%, queda; entre 15% e -15%, significa estabilidade.

A média móvel de casos conhecidos da doença, que ficou em 104.857, está em tendência de queda há dez dias (-38%).

Apenas o Pará apresenta aceleração na média móvel de casos de infecções, de 23%. Dezenove estados e mais o DF estão em queda e outros seis estão estáveis.

Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no DF:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: estabilidade (-9%)
  • Minas Gerais: estabilidade (4%)
  • Rio de Janeiro: alta (43%)
  • São Paulo: estabilidade (-2%)

Região Norte

  • Acre: alta (24%)
  • Amazonas: queda (-68%)
  • Amapá: alta (217%)
  • Pará: alta (44%)
  • Rondônia: alta (181%)
  • Roraima: estabilidade (0%)
  • Tocantins: estabilidade (0%)

Região Nordeste

  • Alagoas: alta (100%)
  • Bahia: alta (58%)
  • Ceará: estabilidade (-6%)
  • Maranhão: alta (61%)
  • Paraíba: estabilidade (-10%)
  • Pernambuco: alta (22%)
  • Piauí: estabilidade (3%)
  • Rio Grande do Norte: estabilidade (10%)
  • Sergipe: alta (22%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: alta (19%)
  • Goiás: estabilidade (-6%)
  • Mato Grosso: queda (-21%)
  • Mato Grosso do Sul: estabilidade (13%)

Região Sul

  • Paraná: alta (22%)
  • Rio Grande do Sul: estabilidade (1%)
  • Santa Catarina: queda (-16%)

Dados do governo

O Ministério da Saúde informou hoje (19) que o Brasil notificou 851 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o começo da pandemia, o total de óbitos causados pela doença em todo o país chegou a 643.880.

Pelos dados do ministério, houve 108.725 casos confirmados de covid-19 em todo o território nacional entre ontem e hoje, elevando para 28.167.587 o total de infectados desde março de 2020.

Segundo o governo federal, houve 24.949.782 casos recuperados da doença até aqui, com outros 2.573.925 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.