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Covid: média de mortes fica abaixo de 300 pela 1ª vez após quase dois meses

Pessoas com máscara de proteção caminham em rua de comércio popular em São Paulo - Amanda Perobelli/Reuters
Pessoas com máscara de proteção caminham em rua de comércio popular em São Paulo Imagem: Amanda Perobelli/Reuters

Mariana Durães, Hygino Vasconcellos e Ricardo Espina

Do UOL e Colaboração para o UOL, em Balneário Camboriú (SC) e em São Paulo

21/03/2022 19h05Atualizada em 22/03/2022 19h27

A média móvel de mortes em decorrência da covid-19 ficou abaixo de 300 após quase dois meses. Em 23 de janeiro, marcou 292 e hoje ficou em 291. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.

A média móvel é considerada por especialistas como a maneira mais confiável para acompanhar o avanço ou retrocesso da pandemia. O índice é calculado a partir da média de mortes - ou de casos -, dos últimos sete dias.

Nas últimas 24 horas, foram registradas 102 mortes pela covid-19 no país. Acre, Amazonas, Amapá, Ceará, Goiás, Piauí, Roraima e Tocantins não registraram óbitos hoje. Desde o início da pandemia, 657.363 pessoas morreram em razão da doença.

O Brasil segue com tendência de queda nas mortes em decorrência da covid-19 pelo 25º dia seguido. E pelo quarto dia seguido, todas as regiões registraram cenário de redução nos óbitos: Centro-Oeste (-61%), Nordeste (-37%), Norte (-49%), Sudeste (-41%) e Sul (-35%).

Na análise pormenorizada, 21 estados e o Distrito Federal seguiram a tendência de queda na média de óbitos. Já quatro estados registraram estabilidade: Espírito Santo (-15%), Rio de Janeiro (13%), Tocantins (0%) e Pernambuco (1%). Apenas Roraima teve aceleração nos óbitos, com 33%.

Para calcular a variação, se compara a média atual com o mesmo índice de 14 dias atrás. Um valor acima de 15% indica tendência de alta; abaixo de -15%, queda; entre 15% e -15%, significa estabilidade.

Além disso, nas últimas 24 horas, foram 14.543 novos casos conhecidos de covid-19. A média móvel é de 37.093. Com isso, o Brasil acumula 29.641.848 testes positivos.

O país também voltou a registrar queda na média de casos, após quatro dias marcando estabilidade. Hoje, ficou em -23%. Ao todo, 18 unidades da federação seguiram essa tendência, enquanto seis tiveram estabilidade e outras três aceleração.

Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no DF:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: estabilidade (-15%)
  • Minas Gerais: queda (-40%)
  • Rio de Janeiro: estabilidade (13%)
  • São Paulo: queda (-37%)

Região Norte

  • Acre: queda (-91%)
  • Amazonas: queda (-67%)
  • Amapá: queda (-91%)
  • Pará: queda (-40%)
  • Rondônia: queda (-26%)
  • Roraima: alta (33%)
  • Tocantins: estabilidade (0%)

Região Nordeste

  • Alagoas: queda (-43%)
  • Bahia: queda (-45%)
  • Ceará: queda (-27%)
  • Maranhão: queda (-59%)
  • Paraíba: queda (-56%)
  • Pernambuco: estabilidade (1%)
  • Piauí: queda (-59%)
  • Rio Grande do Norte: queda (-18%)
  • Sergipe: queda (-42%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: queda (-38%)
  • Goiás: queda (-74%)
  • Mato Grosso: queda (-46%)
  • Mato Grosso do Sul: queda (-68%)

Região Sul

  • Paraná: queda (-41%)
  • Rio Grande do Sul: queda (-41%)
  • Santa Catarina: queda (-46%)

Dados do governo

O Ministério da Saúde informou hoje (21) que o Brasil notificou 97 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o começo da pandemia, a doença provocou 657.302 óbitos em todo o país.

Pelos dados da pasta, houve 11.110 casos confirmados de covid-19 entre ontem e hoje no Brasil, elevando o total de infectados para 29.641.594 desde março de 2020.

Segundo o governo federal, houve 28.214.095 casos recuperados da doença até o momento, com outros 770.197 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.