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Covid: Há dez dias abaixo de 200, média móvel é a menor em quase 3 meses

Brasil já registrou mais de 661 mil mortes causadas pela covid-19  - Robson Rocha/Agência F8/Estadão Conteúdo
Brasil já registrou mais de 661 mil mortes causadas pela covid-19 Imagem: Robson Rocha/Agência F8/Estadão Conteúdo

Mariana Durães, Hygino Vasconcellos e Ricardo Espina

Do UOL e Colaboração para o UOL, em Balneário Camboriú (SC) e em São Paulo

11/04/2022 19h18

A média móvel de mortes provocadas pela covid-19 completou dez dias abaixo de 200 registros. Hoje, atingiu o menor patamar em quase três meses, com 144 óbitos —o que não era visto desde 14 de janeiro deste ano, quando ficou em 138. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.

A média móvel é calculada a partir da média de mortes - ou de casos -, dos últimos sete dias. O índice é considerado por especialistas como a maneira mais confiável para acompanhar o avanço ou o retrocesso da pandemia.

Nas últimas 24 horas, houve 80 mortes no país. Acre, Amapá, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, e Tocantins não registraram mortes nesta segunda-feira (11). Desde o início da pandemia, foram 661.389 vidas perdidas em decorrência da doença causada pelo coronavírus no Brasil.

Pelo 46º dia seguido, a média móvel de mortes por covid-19 no país apresentou tendência de queda (-34%). O mesmo cenário foi verificado em quatro regiões do país: Centro-Oeste (-27%), Norte (-27%), Sudeste (-55%) e Sul (-37%). Apenas o Nordeste registra estabilidade, com -7%.

A tendência de queda é verificada em 15 estados. Já cinco registram estabilidade e dois estados e o Distrito Federal têm aceleração.

Além disso, foram registrados 10.526 novos casos conhecidos nas últimas 24 horas. Ao todo, o país acumula 30.158.707 diagnósticos positivos.

Já a média móvel de casos ficou em 22.337 (-21%) - com tendência de queda há 22 dias. O mesmo cenário é registrado em 19 estados e no Distrito Federal. Outros quatro têm estabilidade e três, aceleração.

Este cálculo compara a média móvel de hoje com a de 14 dias atrás. Se o valor ficar acima de 15%, indica tendência de alta; abaixo de -15%, queda; entre 15% e -15%, significa estabilidade.

Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no DF:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: estabilidade (-14%)
  • Minas Gerais: não divulgou dados hoje
  • Rio de Janeiro: queda (-28%)
  • São Paulo: queda (-51%)

Região Norte

  • Acre: estabilidade (0%)
  • Amazonas: queda (-40%)
  • Amapá: estabilidade (0%)
  • Pará: alta (23%)
  • Rondônia: queda (-61%)
  • Roraima: queda (-100%)
  • Tocantins: não divulgou dados hoje

Região Nordeste

  • Alagoas: queda (-24%)
  • Bahia: queda (-26%)
  • Ceará: estabilidade (-13%)
  • Maranhão: queda (-50%)
  • Paraíba: queda (-85%)
  • Pernambuco: queda (-42%)
  • Piauí: queda (-50%)
  • Rio Grande do Norte: não atualizou os dados hoje
  • Sergipe: estabilidade (0%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: alta (29%)
  • Goiás: não divulgou dados hoje
  • Mato Grosso: queda (-31%)
  • Mato Grosso do Sul: queda (-83%)

Região Sul

  • Paraná: queda (-44%)
  • Rio Grande do Sul: não divulgou dados hoje
  • Santa Catarina: alta (29%)

Dados do governo

O Brasil reportou 69 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas, como mostra o boletim divulgado hoje (11) pelo Ministério da Saúde. Desde o início da pandemia, a doença provocou 661.327 óbitos em todo o país.

Pelos números da pasta, houve 8.803 casos confirmados de covid-19 no país entre ontem e hoje, elevando o total de infectados para 30.161.205 desde março de 2020.

De acordo com o governo federal, houve 29.076.974 casos recuperados da doença até agora, com outros 422.904 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.