Covid: Com 86 óbitos em 24h, média móvel de mortes no Brasil cai para 100

Com 86 óbitos pela covid-19 registrados nas últimas 24 horas no Brasil, o país voltou a cair para a marca de 100 mortes na média móvel apurada pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.

A média móvel é considerada por especialistas como a maneira mais confiável para acompanhar o avanço ou o retrocesso da pandemia. O índice é calculado a partir da média de mortes - ou de casos -, dos últimos sete dias.

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Tradicionalmente, aos finais de semana e feriados os números são mais baixos. Nesta quinta (21), Alagoas, Amazonas, Amapá, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe não registraram mortes, enquanto Distrito Federal, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima e Tocantins não atualizaram os dados de casos e óbitos.

Desde o início da pandemia, em março de 2020, foram 662.2556 vidas perdidas em decorrência da doença causada pelo coronavírus no Brasil.

Há 55 dias seguidos, a média móvel de mortes no Brasil apresenta tendência de queda (-37%) . Todas as regiões do país acompanham o cenário nacional de redução do indicador: Centro-Oeste (-67%), Nordeste (-36%), Norte (-32%), Sudeste (-22%) e Sul (-20%).

Além disso, 22 estados e o Distrito Federal tiveram queda na média de mortes pela covid. Outros três estados registraram estabilidade (Paraná, Pernambuco e Tocantins). Só o Amazonas teve elevação.

Este cálculo compara a média móvel de hoje com a de 14 dias atrás. Se o valor ficar acima de 15%, indica tendência de alta; abaixo de -15%, queda; entre 15% e -15%, significa estabilidade.

Nesta quinta, também foram registrados 17.103 novos casos nas últimas 24 horas. Ao todo, o país acumula 30.325.399 diagnósticos.

Como muitos estados não publicam com regularidade informações sobre o número de vacinas aplicadas em fins de semana e feriados, o Consórcio de Veículos de Imprensa só publicará esses dados em dias úteis. A coleta e divulgação de números de casos de covid e mortes decorrente da doença continuará sendo diária.

Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no DF:

Região Sudeste

• Espírito Santo: queda (-25%)

• Minas Gerais: queda (-17%)

• Rio de Janeiro: não divulgou dados hoje

• São Paulo: queda (-27%)

Região Norte

• Acre: queda (-33%)

• Amazonas: alta (40%)

• Amapá: queda (-50%)

• Pará: queda (-27%)

• Rondônia: não divulgou dados hoje

• Roraima: não divulgou dados hoje

• Tocantins: não divulgou dados hoje

Região Nordeste

• Alagoas: queda (-43%)

• Bahia: queda (-18%)

• Ceará: queda (-48%)

• Maranhão: queda (-67%)

• Paraíba: queda (-36%)

• Pernambuco: estabilidade (-10%)

• Piauí: não divulgou dados hoje

• Rio Grande do Norte: queda (-71%)

• Sergipe: queda (-75%)

Região Centro-Oeste

• Distrito Federal: não divulgou dados hoje

• Goiás: queda (-69%)

• Mato Grosso: queda (-82%)

• Mato Grosso do Sul: queda (-78%)

Região Sul

• Paraná: estabilidade (7%)

• Rio Grande do Sul: queda (-24%)

• Santa Catarina: queda (-38%)

Dados do governo

O Brasil registrou 92 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas, como mostra o boletim divulgado hoje (21) pelo Ministério da Saúde. Até o momento, a doença foi a responsável por 662.506 óbitos em todo o país.

O órgão informou ainda que houve 18.660 diagnósticos positivos para a covid-19 entre ontem e hoje no país. O total de infectados pelo novo coronavírus subiu para 30.330.629.

De acordo com o governo federal, houve 29.353.398 casos recuperados da doença até aqui, com outros 314.725 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.