Covid: Brasil tem terceiro dia seguido de média de mortes abaixo de 100
Com 38 óbitos pela covid-19 registrados nas últimas 24 horas, o Brasil segue pelo terceiro dia seguido com média de mortes abaixo de 100. De acordo com o consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, foram 99 mortes diárias na última semana.
A média móvel é considerada por especialistas como a maneira mais confiável para acompanhar o avanço ou o retrocesso da pandemia. O índice é calculado a partir da média de mortes - ou de casos -, dos últimos sete dias.
Tradicionalmente, aos finais de semana e feriados os números são mais baixos, o que ajuda a explicar os dados, mas o país vem em uma sequência de quase dois meses registrando quedas diárias de óbitos. Neste domingo (24):
- 8 estados não registraram mortes: Acre, Alagoas, Amazonas, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraná e Sergipe;
- 6 estados não atualizaram os dados de casos e óbitos: Amapá, Distrito Federal, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima e Tocantins.
Desde o início da pandemia, em março de 2020, foram 662.701 vidas perdidas em decorrência da doença causada pelo coronavírus no Brasil.
A média móvel de mortes no Brasil apresenta tendência de queda (-32%) há 58 dias seguidos. Duas regiões do país acompanham o cenário nacional de redução do indicador, Centro-Oeste (-59%), e Sudeste (-22%), enquanto Nordeste (-11%), Norte (-9%) e Sul (-11%) apresentam estabilidade.
Neste domingo, 17 estados e o Distrito Federal tiveram queda na média de mortes pela covid. Outros seis registraram estabilidade e só Pará e Paraíba tiveram elevação.
Esse cálculo compara a média móvel de hoje com a de 14 dias atrás. Se o valor ficar acima de 15%, a tendência indicada é de alta; abaixo de -15%, de queda; entre 15% e -15% significa estabilidade.
Também foram registrados 3.543 novos casos nas últimas 24 horas. Ao todo, o país acumula 30.345.397 diagnósticos.
Como muitos estados não publicam com regularidade informações sobre o número de vacinas aplicadas em fins de semana e feriados, o Consórcio de Veículos de Imprensa só publicará esses dados em dias úteis. A coleta e divulgação de números de casos de covid e mortes decorrentes da doença continuarão sendo diárias.
Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no DF:
Região Sudeste
- Espírito Santo: queda (-37%)
- Minas Gerais: estabilidade (2%)
- Rio de Janeiro: queda (-50%)
- São Paulo: queda (-31%)
Região Norte
- Acre: estabilidade (0%)
- Amazonas: estabilidade (0%)
- Amapá: estabilidade (0%)
- Pará: alta (21%)
- Rondônia: queda (-44%)
- Roraima: queda (-100%)
- Tocantins: estabilidade (0%)
Região Nordeste
- Alagoas: queda (-63%)
- Bahia: queda (-20%)
- Ceará: queda (-33%)
- Maranhão: queda (-80%)
- Paraíba: alta (200%)
- Pernambuco: queda (-23%)
- Piauí: queda (-100%)
- Rio Grande do Norte: queda (-68%)
- Sergipe: queda (-75%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-50%)
- Goiás: queda (-64%)
- Mato Grosso: queda (-56%)
- Mato Grosso do Sul: queda (-50%)
Região Sul
- Paraná: estabilidade (-11%)
- Rio Grande do Sul: queda (-32%)
- Santa Catarina: queda (-35%)
Dados do governo
O Ministério da Saúde divulgou hoje (24) que o Brasil reportou 36 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, a doença provocou 662.646 óbitos em todo o país.
Pelos dados da pasta, houve 3.809 casos confirmados de covid-19 entre ontem e hoje em todo o território nacional, elevando o total de infectados para 30.349.463 desde março de 2020.
Segundo o governo federal, houve 29.384.354 casos recuperados da doença até aqui, com outros 302.463 em acompanhamento.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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