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Covid: Em alta, média móvel de mortes chega ao 5º dia acima de 100

Brasil já registrou mais de 663 mil mortes causadas pela covid-19  - Edson Lopes Jr
Brasil já registrou mais de 663 mil mortes causadas pela covid-19 Imagem: Edson Lopes Jr

Mariana Durães, Hygino Vasconcellos e Ricardo Espina

Do UOL e Colaboração para o UOL, em Balneário Camboriú (SC) e em São Paulo

02/05/2022 18h07Atualizada em 02/05/2022 20h58

A média de mortes por covid-19 no Brasil chegou ao quinto dia consecutivo acima de 100. Em alta, hoje o índice ficou em 126. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.

A média móvel é considerada por especialistas a maneira mais confiável para acompanhar o avanço ou o retrocesso da pandemia. O índice é calculado a partir da média de mortes ou de casos dos últimos sete dias.

Nas últimas 24 horas foram 90 mortes pela doença. Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima, Sergipe e Tocantins não notificaram óbitos pela doença nesta segunda-feira (2). Com o sistema fora do ar, não foi possível contabilizar os dados de casos e mortes do Ceará.

O país acumula 663.657 vidas perdidas para a doença.

Durante 68 dias, a média móvel de mortes se manteve em queda, mas na semana passada ficou dois dias estável e, na última sexta-feira (29), registrou alta, cenário que se mantém há quatro dias. Em todo o pais, a tendência de aumento é 23%.

Duas das cinco regiões do país acompanham a tendência nacional de alta nos óbitos: Centro-Oeste (28%) e Norte (27%) E outras três tiveram estabilidade: Nordeste (-9%), Sudeste (0%) e Sul (1%).

Além disso, oito estados tiveram elevação na média de mortes. Outros sete estados registraram estabilidade, enquanto 10 estados e o Distrito Federal tiveram queda nos registros.

Além disso, hoje houve 7.133 novos casos conhecidos de covid-19. Assim, o país chega a 30.456.873 testes positivos desde o início da pandemia.

A média móvel de casos ficou em 14.754 registros. Após 39 dias em queda, o indicador segue estável pelo quarto dia consecutivo - hoje ficou em 4% na comparação com o de 14 dias atrás.

Quatro das cinco regiões do país acompanham esse cenário e apenas o Centro-Oeste têm queda, de -26%. Já entre as unidades da federação, 13 registram queda, cinco têm estabilidade e nove, aumento.

Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no DF:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: queda (-89%)
  • Minas Gerais: estabilidade (15%)
  • Rio de Janeiro: alta (265%)
  • São Paulo: alta (15%)

Região Norte

  • Acre: estabilidade (0%)
  • Amazonas: queda (-57%)
  • Amapá: queda (-100%)
  • Pará: alta (36%)
  • Rondônia: alta (150%)
  • Roraima: alta (300%)
  • Tocantins: estabilidade (0%)

Região Nordeste

  • Alagoas: queda (-42%)
  • Bahia: queda (-46%)
  • Ceará: não informou os dados hoje
  • Maranhão: estabilidade (0%)
  • Paraíba: alta (500%)
  • Pernambuco: queda (-31%)
  • Piauí: queda (0%)
  • Rio Grande do Norte: queda (-64%)
  • Sergipe: queda (-67%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: queda (-47%)
  • Goiás: alta (33%)
  • Mato Grosso: alta (167%)
  • Mato Grosso do Sul: alta (250%)

Região Sul

  • Paraná: queda (-33%)
  • Rio Grande do Sul: queda (-17%)
  • Santa Catarina: estabilidade (0%)

Dados do governo

O Brasil registrou 89 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas, de acordo com boletim divulgado hoje (2) pelo Ministério da Saúde. Desde o começo da pandemia, a doença causou 663.602 óbitos em todo o país.

Pelos números do ministério, houve 6.498 casos confirmados de covid-19 no Brasil entre ontem e hoje, elevando o total de infectados para 30.460.997 desde março de 2020.

Segundo o governo federal, houve 29.554.308 casos recuperados da doença até agora, com outros 243.087 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.