Covid: Média móvel de mortes volta a ficar acima de 100 após 7 dias
Após um intervalo de uma semana, a média móvel de mortes por covid-19 no Brasil voltou a ficar acima de 100. Hoje, chegou a 107, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.
A média móvel é calculada a partir da média de mortes - ou de casos -, dos últimos sete dias. O índice é considerado por especialistas como a maneira mais confiável para acompanhar o avanço ou o retrocesso da pandemia.
Nas últimas 24 horas o Brasil registrou 121 mortes pela doença. Acre, Amazonas, Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, não tiveram óbitos nesta quarta-feira (11).
O Amapá não atualizou os dados e a Secretaria de Estado de Saúde informou que isso aconteceu porque há "inconsistências no sistema do Governo Federal", e explicou que uma correção nos números deve ser feita nos próximos dias. Em Roraima, houve instabilidade de internet, o que impediu a atualização de algumas informações hoje. Tocantins também não atualizou os dados.
No Brasil, 664.564 pessoas morreram de covid-19 desde o início da pandemia.
A média móvel de mortes está há nove dias estável, com variação hoje de 2%. Se o valor fica acima de 15%, a tendência é de alta; abaixo de -15%, queda; entre 15% e -15%, como hoje, estabilidade.
Três regiões do país acompanham essa tendência de estabilidade nos óbitos: Centro-Oeste (-4%), Norte (-3%) e Sul (13%). Já outras duas têm tendência de queda: Nordeste (-55%) e Sudeste (-17%).
Na análise por unidade federativa, cinco estados e o Distrito Federal apresentam estabilidade na média de mortes e outros oito, alta. Já 11 estados tiveram queda.
Além disso, o país teve hoje 23.071 novos casos conhecidos da doença, completando 30.614.065 testes positivos desde o início da pandemia. A média móvel de casos ficou em 16.413 e chegou ao 4º dia seguido em tendência de alta - hoje variou 29% em relação a 14 dias atrás.
Duas regiões do país acompanham esse cenário: Norte (23%) e Sul (37%). Já outras três registram tendência de estabilidade: Centro-Oeste (0%), Nordeste (-3%) e Sudeste (-5%).
Já entre as unidades da federação, 13 registram tendência de alta; cinco de estabilidade e outras nove, de queda.
Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no DF:
Região Sudeste
- Espírito Santo: alta (200%)
- Minas Gerais: alta (35%)
- Rio de Janeiro: queda (-27%)
- São Paulo: estabilidade (12%)
Região Norte
- Acre: queda (-100%)
- Amazonas: queda (-100%)
- Amapá: não divulgou dados hoje
- Pará: queda (-52%)
- Rondônia: queda (-33%)
- Roraima: queda (-100%)
- Tocantins: não divulgou dados hoje
Região Nordeste
- Alagoas: alta (67%)
- Bahia: queda (-23%)
- Ceará: alta (79%)
- Maranhão: queda (-100%)
- Paraíba: queda (-56%)
- Pernambuco: estabilidade (-14%)
- Piauí: estabilidade (0%)
- Rio Grande do Norte: alta (425%)
- Sergipe: estabilidade (0%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: estabilidade (0%)
- Goiás: estabilidade (5%)
- Mato Grosso: queda (-89%)
- Mato Grosso do Sul: alta (43%)
Região Sul
- Paraná: alta (100%)
- Rio Grande do Sul: alta (100%)
- Santa Catarina: estabilidade (-65%)
Dados do governo
O Brasil registrou 126 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas, como indica o boletim divulgado hoje (11) pelo Ministério da Saúde. Até agora, a doença provocou 664.516 óbitos em todo o território nacional.
Pelos dados da pasta, houve 23.398 testes positivos para o novo coronavírus entre ontem e hoje no país, elevando o total de infectados para 30.617.786 desde março de 2020.
De acordo com o governo federal, houve 29.697.931 casos recuperados de covid-19 até o momento, com outros 255.339 em acompanhamento.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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