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Covid: Média móvel de mortes fica em 124 e é a maior desde 2 de maio

Brasil se aproxima das 668 mil mortes causadas pela covid-19 - Érica Martin/Estadão Conteúdo
Brasil se aproxima das 668 mil mortes causadas pela covid-19 Imagem: Érica Martin/Estadão Conteúdo

Juliana Arreguy, Mariana Durães e Ricardo Espina

Do UOL e Colaboração para o UOL, em São Paulo

09/06/2022 18h13Atualizada em 20/07/2022 16h55

A média móvel de mortes pela covid-19 voltou a atingir o maior patamar desde 2 de maio. Hoje (9), o indicador ficou em 124 óbitos, e manteve tendência de estabilidade. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.

Considerada por especialistas a maneira mais confiável para acompanhar o avanço ou o retrocesso da pandemia, a média móvel leva em conta a média de mortes — ou de casos —, dos últimos sete dias.

O índice variou 13% em relação a 14 dias atrás. Se o valor fica acima de 15%, indica tendência de alta. Quando está abaixo de -15%, de queda; entre 15% e -15%, como hoje, significa estabilidade.

Apenas oa região Sul não acompanha o cenário nacional de estabilidade, com alta de 62%. As demais regiões seguem estáveis: Centro-Oeste (-10%), Nordeste (-5%), Norte (-6%) e Sudeste (6%).

Entre ontem e hoje, 12 unidades da federação apresentaram estabilidade, enquanto 7 tiveram em alta e 6, em tendência de queda.

Nas últimas 24 horas foram 148 novas mortes causadas pela doença no Brasil. Acre, Alagoas, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe não registraram óbitos nesta quinta-feira (9). Roraima e o Tocantins não divulgaram os dados de hoje. O país teve, desde o início da pandemia, 667.849 vidas perdidas.

Além disso, foram 45.644 novos registros conhecidos da doença no Brasil, chegando ao acumulado de 31.360.157 testes positivos. A média móvel de casos registrados ficou em 37.191 hoje e chegou ao 14º dia em tendência de alta (65%).

Todas as regiões do país seguem a tendência nacional: Centro-Oeste (160%), Nordeste (83%), Norte (28%), Sudeste (77%) e Sul (17%) — 4 estados mostram tendência de estabilidade, 2, de queda e os outros 21, de alta.

Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no Distrito Federal

Região Sudeste

  • Espírito Santo: alta (71%)
  • Minas Gerais: alta (48%)
  • Rio de Janeiro: queda (-56%)
  • São Paulo: estabilidade (7%)

Região Norte

  • Acre: estabilidade (0%)
  • Amazonas: queda (-100%)
  • Amapá: estabilidade (0%)
  • Pará: estabilidade (-4%)
  • Rondônia: estabilidade (0%)
  • Roraima: não atualizou os dados hoje (0%)
  • Tocantins: não atualizou os dados hoje

Região Nordeste

  • Alagoas: estabilidade (0%)
  • Bahia: estabilidade (13%)
  • Ceará: queda (-19%)
  • Maranhão: estabilidade (0%)
  • Paraíba: estabilidade (0%)
  • Pernambuco: estabilidade (12%)
  • Piauí: queda (-33%)
  • Rio Grande do Norte: alta (50%)
  • Sergipe: estabilidade (0%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: queda (-17%)
  • Goiás: estabilidade (-8%)
  • Mato Grosso: alta (233%)
  • Mato Grosso do Sul: queda (-60%)

Região Sul

  • Paraná: alta (27%)
  • Rio Grande do Sul: alta (105%)
  • Santa Catarina: alta (35%)

Dados do governo

O Ministério da Saúde divulgou hoje (9) que o Brasil reportou 143 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o começo da pandemia, a doença provocou 667.790 óbitos em todo o país.

Pelos dados do ministério, houve 45.073 casos confirmados de covid-19 no Brasil entre ontem e hoje, elevando o total de infectados para 31.360.850 desde março de 2020.

Segundo o governo federal, houve 30.158.256 casos recuperados da doença até agora, com outros 534.804 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.