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Covid: Identificação de novas subvariantes da ômicron chega a 44% dos casos

A expectativa, segundo o ITps, é de que nesta semana haja o pico de transmissão de BA.4 e BA.5 enquanto a BA.2 segue em declínio - iStock
A expectativa, segundo o ITps, é de que nesta semana haja o pico de transmissão de BA.4 e BA.5 enquanto a BA.2 segue em declínio Imagem: iStock

Colaboração para o UOL

10/06/2022 13h46Atualizada em 10/06/2022 17h20

A identificação das novas subvariantes BA.4 e BA.5, da ômicron, aumentou de 10,4% para 44% das amostras positivas entre 7 de maio e 4 de junho. O estudo é do ITps (Instituto Todos pela Saúde), que analisou de 1º de março a 4 de junho 123.829 testes RT PCR feitos pelos laboratórios privados Dasa e DB Molecular, 90% no Sudeste e Centro-Oeste. A taxa de positividade atual para SARS-CoV-2 é de 38,9%.

O instituto explica que, de janeiro a fevereiro de 2022, a BA.1 se manteve predominante. A partir de março, a BA.2 foi ganhando espaço lentamente e atingiu o ápice em meados de maio, quando houve a entrada da BA.4 e BA.5, que já foram identificadas em 198 municípios de 12 estados e no Distrito Federal.

A expectativa, segundo o ITps, é de que nesta semana haja o pico de transmissão de BA.4 e BA.5 enquanto a BA.2 segue em declínio. Ao longo de junho e julho deve ocorrer queda de positividade dos testes e, consequentemente, de casos. Os impactos de BA.4 e BA.5 à saúde pública tendem a ser inferiores à onda BA.1.

"Apesar da situação mais favorável, a alta de casos de covid-19 acende um alerta aos mais vulneráveis, como idosos, imunossuprimidos e pessoas não vacinadas. O Brasil precisa com urgência ampliar a cobertura vacinal para covid-19 e também para gripe", afirma o imunologista Jorge Kalil, diretor-presidente do ITpS e professor doutor da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo).

Percentual de positividade

Dos estados das regiões com mais amostras coletadas pelo ITps, todos apresentam percentual de positividade acima de 30%, exceto Goiás. São Paulo lidera com 38% dos testes positivos, seguido por Mato Grosso e Distrito Federal, com 36%, Minas Gerais, com 35%, e Rio de Janeiro, com 34%.

Em relação à positividade de acordo com a faixa etária, o percentual é superior a 40% em todos os grupos a partir de 30 anos. Nas duas últimas semanas houve aumento na faixa etária de 0 a 4 anos, de 10% para 14%, e estabilização da taxa nos grupos de 5 a 9 anos e de 10 a 19 anos. O crescimento foi expressivo entre os mais idosos, a partir de 80 anos, de 29% para 44%.