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Saúde investiga caso suspeito de hepatite misteriosa em criança do Rio

É o terceiro caso suspeito da doença misteriosa no país. - iStock
É o terceiro caso suspeito da doença misteriosa no país. Imagem: iStock

Do UOL, em São Paulo

13/06/2022 18h07

O Ministério da Saúde disse hoje que investiga mais um caso suspeito da hepatite misteriosa, também chamada de "fulminante", que assola crianças. É o terceiro caso suspeito da doença no Brasil, sendo o primeiro no Rio de Janeiro. Os outros dois casos foram notificados nos estados de São Paulo e Minas Gerais.

A hepatite é uma inflamação no fígado que pode ser causada por vírus ou por outras questões como o uso de medicamentos e álcool, doenças hereditárias e distúrbios autoimunes. Os principais sintomas são cor amarelada na pele ou nos olhos, diarreia, dor abdominal e vômito. Os vírus que atacam o fígado são chamados de hepatovírus. Eles se reproduzem no interior de células do fígado, chamadas de hepatócitos. O sistema imunológico do indivíduo contaminado passa a atacar e a destruir os hepatócitos contendo o vírus, dando início a um processo de inflamação no órgão.

Dependendo do tipo de hepatite, ela pode representar uma ameaça maior ou menor à saúde humana. Os tipos mais comuns de hepatites virais são as A, B e C. Nos casos investigados, porém, exames descartaram todos esses tipos nas crianças.

Os primeiros registros dessa hepatite fulminante em crianças aconteceram na Europa, especialmente no Reino Unido. Os dados mais atualizados da OMS (Organização Mundial da Saúde) apontam que a doença já matou nove crianças em 650 casos prováveis no mundo, divididos 33 países. Ainda segundo a OMS, 17 crianças precisaram fazer um transplante de fígado.

Não está clara a origem desse tipo de hepatite, mas a principal suspeita aponta para a relação dos casos com o adenovírus, grupo de vírus que causam doenças gastrointestinais e respiratórias. Até mesmo a covid-19 pode ser a responsável.

O Ministério da Saúde pontuou que os Centros de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde e a Rede Nacional de Vigilância Hospitalar monitoram o perfil dos casos suspeitos e orienta que qualquer suspeita deve ser notificada pelos profissionais de saúde.

Especialistas internacionais da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) foram chamados pela pasta para ajudar a analisar os casos, isso por meio da instalação de uma Sala de Situação.