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Varíola: OMS passa a recomendar vacina para grupos prioritários

Imunização foi recomendada especialmente para profissionais da saúde - Shutterstock
Imunização foi recomendada especialmente para profissionais da saúde Imagem: Shutterstock

Do UOL, em São Paulo

14/06/2022 15h46

A OMS (Organização Mundial da Saúde) passou a recomendar hoje a vacinação contra a varíola, mas apenas para alguns grupos prioritários. As vacinas não são específicas contra a varíola dos macacos, mas contra a varíola comum, não sendo, porém, as mesmas vacinas aplicadas até os anos 1980, pois estas já estão defasadas.

O Brasil erradicou a varíola em 1971, após ampla campanha de vacinação.

As orientações atualizadas foram publicadas em um guia provisório da entidade. No texto, a OMS esclarece que não há necessidade de vacinação em massa para varíola neste momento.

Para quem se expôs à doença, a OMS recomenda a vacinação, como profilaxia pós-exposição, com vacina apropriada de segunda ou terceira geração, aplicada dentro de quatro dias após a primeira exposição.

Já para trabalhadores da saúde, equipes de laboratório que atuam com pesquisa do vírus, especialistas em análises clínicas que realizam diagnóstico para a doença que não se expuseram às pessoas infectadas com varíola dos macacos, é recomendada uma vacinação profilática, ou seja, pré-exposição à doença.

No Brasil, o Ministério da Saúde estuda a aquisição de vacina contra a varíola dos macacos. Até o momento são três casos confirmados e outros cinco suspeitos no país.

Além da imunização dos grupos específicos, a OMS também recomenda forte vigilância e rastreio de contatos como forma de diminuir a propagação do vírus. O vírus da varíola dos macacos é transmitido de uma pessoa para outra por contato próximo, seja por fluidos corporais ou até mesmo lesões.

Os sintomas da varíola dos macacos são semelhantes aos da varíola comum, mas acabam sendo mais leves. Eles incluem febre, calafrios, erupção cutânea e inchaço dos gânglios linfáticos.

No mundo, já passam de 1.600 os casos confirmados de varíola dos macacos, com 72 mortes, todas elas no continente africano, onde a doença já é endêmica.