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Covid: Média móvel fica em 147 e completa 14 dias acima de 100

Brasil já registrou mais de 669 mil mortes causadas pela covid-19  - Edmar Barros/Futura Press/Estadão Conteúdo
Brasil já registrou mais de 669 mil mortes causadas pela covid-19 Imagem: Edmar Barros/Futura Press/Estadão Conteúdo

Mariana Durães, Hygino Vasconcellos e Ricardo Espina

Do UOL e Colaboração para o UOL, em Balneário Camboriú (SC) e em São Paulo

21/06/2022 18h19Atualizada em 21/06/2022 20h20

A média móvel de mortes pela covid-19 no Brasil chegou ao 14º dia consecutivo acima de 100, e hoje ficou em 147. Nas últimas 24 horas foram 219 óbitos no país. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.

O índice também segue em tendência de alta pelo 12º dia, e variou 21% em relação a 14 dias atrás. Se o valor fica acima de 15%, como hoje, indica tendência de alta; abaixo de -15%, significa queda, e entre 15% e -15% sinaliza estabilidade.

A média móvel é considerada por especialistas a maneira mais confiável de medir avanço ou retrocesso da pandemia, e é calculada a partir da média de mortes — ou de casos — dos últimos sete dias.

Quatro regiões do país acompanham a alta na média móvel de mortes: Centro-Oeste (30%), Nordeste (33%), Norte (16%) e Sudeste (34%). Já o Sul tem estabilidade, de 30%. Nenhuma região registra tendência de queda.

Na análise por unidade da federação, 13 registram tendência de aceleração da média móvel; 8 de estabilidade e 5 de queda.

Nesta terça-feira (21) somente seis estados não registraram mortes causadas pela covid-19: Acre, Amapá, Amazonas, Goiás, Maranhão, e Roraima. Já o Tocantins não divulgou os dados hoje. Desde o início da pandemia o país já teve 669.436 vidas perdidas.

Além disso, nas últimas 24 horas foram 68.102 novos casos conhecidos da doença causada pelo coronavírus. O país acumula 31.824.220 casos registrados.

A média móvel de infectados está no terceiro dia consecutivo de estabilidade, e hoje ficou em 40.174 (10%).

Apenas o Sudeste segue cenário nacional de estabilidade na média móvel de casos, com 8%. Já o Sul tem queda, de -28%. Enquanto outras três regiões têm alta: Centro-Oeste (32%), Nordeste (97%) e Norte (122%).

O Distrito Federal e 15 estados estão com a média móvel de casos em alta, 4 em estabilidade, 6 em queda.

Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no DF:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: alta (31%)
  • Minas Gerais: alta (38%)
  • Rio de Janeiro: alta (75%)
  • São Paulo: alta (29%)

Região Norte

  • Acre: estabilidade (0%)
  • Amazonas: estabilidade (0%)
  • Amapá: estabilidade (0%)
  • Pará: queda (-22%)
  • Rondônia: alta (600%)
  • Roraima: estabilidade (0%)
  • Tocantins: estabilidade (0%)

Região Nordeste

  • Alagoas: estabilidade (0%)
  • Bahia: alta (255%)
  • Ceará: queda (-64%)
  • Maranhão: estabilidade (0%)
  • Paraíba: alta (550%)
  • Pernambuco: estabilidade (11%)
  • Piauí: alta (200%)
  • Rio Grande do Norte: alta (17%)
  • Sergipe: alta (100%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: alta (475%)
  • Goiás: queda (-43%)
  • Mato Grosso: alta (150%)
  • Mato Grosso do Sul: alta (17%)

Região Sul

  • Paraná: queda (-22%)
  • Rio Grande do Sul: estabilidade (4%)
  • Santa Catarina: queda (-41%)

Dados do governo

Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou 229 novas mortes provocadas pela covid-19, como indica o boletim divulgado hoje (21) pelo Ministério da Saúde. Até o momento, a doença já causou 669.390 óbitos em todo o país.

Ainda segundo o relatório do ministério, houve 64.362 casos confirmados de covid-19 no Brasil entre ontem e hoje, elevando o total de infectados para 31.818.827 desde março de 2020.

De acordo com o governo federal, houve 30.492.176 casos recuperados da doença até agora, com outros 657.261 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.