Covid: Média móvel de mortes fica em 226, maior patamar desde 28 de março
A média móvel de mortes causadas pela covid-19 no Brasil ficou em 226 nesta quarta-feira (29), chegando ao maior patamar desde 28 de março. Naquela data o indicador ficou em 236. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.
O índice segue em tendência de alta pelo sexto dia consecutivo. A variação em relação a 14 dias atrás foi de 52%. Se o valor fica acima de 15%, como hoje, indica alta; abaixo de -15%, significa queda, e entre 15% e -15% sinaliza estabilidade.
A média móvel é considerada por especialistas a maneira mais confiável de medir avanço ou retrocesso da pandemia, e é calculada a partir da média de mortes — ou de casos da doença — dos últimos sete dias.
Todas as cinco regiões do país apresentam alta na média móvel de mortes: Centro-Oeste (50%), Nordeste (67%), Norte (40%), Sudeste (41%) e Sul (80%).
O Distrito Federal e 14 estados estão com a média móvel de mortes em alta, 8 em estabilidade e 2 em queda.
Nas últimas 24 horas foram 294 mortes em decorrência da covid-19 no Brasil. Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Maranhão e Mato Grosso do Sul não registraram óbitos nesta quarta-feira (29). Ao todo o país acumula 671.194 vidas perdidas desde o início da pandemia.
Tocantins não atualizou informações, e Roraima não divulgou os dados referentes a hoje porque é feriado no estado. Já o Paraná explicou que, apesar de o boletim indicar 41 novas mortes, apenas duas são referentes às últimas 24h, sendo o restante retroativo.
Além disso, 76.263 novos casos conhecidos da doença foram registrados hoje. Ao todo o país tem um acumulado de 32.283.345 testes positivos notificados.
A média móvel de casos ficou em 55.549. O indicador está em tendência de alta e hoje variou 39% em relação a 14 dias atrás.
Quatro regiões do país têm alta na média móvel de casos: Centro-Oeste (26%), Nordeste (123%), Norte (209%) e Sudeste (35%). Já o Sul tem estabilidade, de 6%.
Na análise por unidade da federação, 21 registram tendência de alta na média móvel; 2 de estabilidade e 2 de queda.
Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no DF:
Região Sudeste
- Espírito Santo: alta (87%)
- Minas Gerais: alta (35%)
- Rio de Janeiro: estabilidade (7%)
- São Paulo: alta (48%)
Região Norte
- Acre: estabilidade (0%)
- Amazonas: queda (-50%)
- Amapá: estabilidade (0%)
- Pará: estabilidade (0%)
- Rondônia: alta (175%)
- Roraima: não atualizou os dados hoje
- Tocantins: não atualizou os dados hoje
Região Nordeste
- Alagoas: alta (900%)
- Bahia: estabilidade (-11%)
- Ceará: alta (211%)
- Maranhão: estabilidade (0%)
- Paraíba: alta (225%)
- Pernambuco: estabilidade (-3%)
- Piauí: alta (500%)
- Rio Grande do Norte: alta (138%)
- Sergipe: estabilidade (0%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: alta (200%)
- Goiás: alta (89%)
- Mato Grosso: alta (35%)
- Mato Grosso do Sul: queda (-43%)
Região Sul
- Paraná: alta (123%)
- Rio Grande do Sul: alta (31%)
- Santa Catarina: estabilidade (162%)
Dados do governo
Nas últimas 24 horas, o Brasil contabilizou 277 novas mortes provocadas pela covid-19, como mostra o boletim divulgado hoje (29) pelo Ministério da Saúde. Desde o início da pandemia, a doença causou 671.125 óbitos em todo o país.
Pelos dados da pasta, houve 75.925 diagnósticos positivos para a covid-19 entre ontem e hoje no Brasil. O total de infectados desde março de 2020 subiu para 32.282.879.
De acordo com o governo federal, houve 30.815.705 casos recuperados da doença até agora, com outros 796.049 em acompanhamento.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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