Varíola dos macacos: Brasil tem 978 casos; já são 18 mil no mundo, diz OMS
O Brasil chegou a 978 casos de varíola dos macacos, também chamada de monkeypox, de acordo com balanço de hoje do Ministério da Saúde. A maioria das infecções foi registrada em São Paulo e no Rio de Janeiro.
A pasta também informou, em nota ao UOL, que monitora os casos e acompanha os contatos dos pacientes por meio de articulação direta com os estados.
Confira os números por estado:
- São Paulo: 744
- Rio de Janeiro: 117
- Minas Gerais: 44
- Paraná: 19
- Distrito Federal: 15
- Goiás: 13
- Bahia: 5
- Ceará: 4
- Santa Catarina: 4
- Rio Grande do Sul: 3
- Pernambuco: 3
- Rio Grande do Norte: 2
- Espírito Santo: 2
- Tocantins: 1
- Mato Grosso: 1
- Acre: 1
OMS diz que no mundo são mais de 18 mil casos
A OMS (Organização Mundial de Saúde) informou que já foram reportados mais de 18 mil casos da doença em 78 países. Em entrevista coletiva hoje, o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, explicou que mais de 70% dos casos foram registrados na Europa e 25% nas Américas.
Do total de pacientes, 10% tiveram que ser internados para tratar a doença. Além disso, até o momento, houve cinco mortes informadas. A entidade afirma que o surto pode ser interrompido com informação e medidas para barrar a transmissão.
No sábado (23), a OMS decretou emergência sanitária global para a varíola dos macacos, termo usado quando há "um evento extraordinário que constitui um risco à saúde pública de outros Estados através da disseminação internacional da doença."
A entidade recomenda a vacinação das pessoas que tiveram contato com infectados. Uma vacina já foi aprovada no Canadá, Estados Unidos e União Europeia, e outras duas são consideradas, informou a OMS.
Doença
A varíola dos macacos é causada por um vírus e transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. O contato pode se dar por meio de abraço, beijo, relações sexuais ou secreções respiratórias. A transmissão também ocorre por contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies que foram utilizadas pelo infectado.
Não há tratamento específico, mas, de forma geral, os quadros clínicos são leves e requerem cuidado e observação das lesões. O maior risco de agravamento acontece, em geral, para pessoas imunossuprimidas com HIV/AIDS, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos de idade.
Sintomas
O paciente pode ter febre, dor no corpo e apresentar manchas, pápulas [pequenas lesões sólidas que aparecem na pele] que evoluem para vesículas [bolha contendo líquido no interior] até formar pústulas [bolinhas com pus] e crostas [formação a partir de líquido seroso, pus ou sangue seco].
* Com informações de Estadão Conteúdo
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