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Varíola dos macacos: governo determina notificação de casos em 24 horas

Com a medida, os responsáveis pelos estabelecimentos de saúde devem obrigatoriamente comunicar às autoridades responsáveis a cada nova notificação da doença - iStock
Com a medida, os responsáveis pelos estabelecimentos de saúde devem obrigatoriamente comunicar às autoridades responsáveis a cada nova notificação da doença Imagem: iStock

Colaboração para o UOL

01/09/2022 09h36Atualizada em 01/09/2022 09h42

O Ministério da Saúde incluiu a varíola dos macacos na Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública. A decisão do governo, que consta na edição de hoje do Diário Oficial da União, diz respeito tanto a serviços de saúde públicos quanto privados.

Com a medida, os responsáveis pelos estabelecimentos de saúde devem obrigatoriamente comunicar às autoridades responsáveis a cada nova notificação da doença.

De acordo com a portaria assinada pelo ministro Marcelo Queiroga, a comunicação sobre a varíola dos macacos deve ser feita à pasta em até 24 horas após o diagnóstico.

Brasil registra segunda morte

O Rio de Janeiro registrou a primeira morte por varíola dos macacos, também conhecida como monkeypox, na segunda-feira (29). Este é o segundo caso no Brasil em um intervalo de um mês.

Segundo informou a SES (Secretaria de Estado de Saúde), o paciente de 33 anos estava internado no Hospital Ferreira Machado, em Campos dos Goytacazes. O homem apresentava comorbidades e baixa imunidade, o que agravou o quadro e o levou à UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

O caso também foi confirmado pelo Ministério da Saúde. Segundo a pasta, o homem era "imunossuprimido, transplantado em 2020" e essas condições "teriam se agravado com o diagnóstico da varíola dos macacos".

Dados divulgados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) mostram que já foram registrados mais de 50 mil casos da varíola dos macacos, chamada também de monkeypox, desde o início de um surto que atinge principalmente a América do Norte e a Europa, mas afeta também o Brasil.

Vacina contra varíola é aprovada no Brasil

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou no mês passado a liberação da vacina Jynneos/Imvanex contra a varíola dos macacos (monkeypox) e o uso emergencial do medicamento tecovirimat, um antiviral, no Brasil.

Para as aprovações, a agência analisou dados disponibilizados pela EMA (Agência Europeia de Medicamentos) e da FDA, a agência americana que regula medicamentos e alimentos.

"Tanto a vacina quanto o remédio foram criados a princípio para combater a varíola, que tem um vírus da mesma família da 'varíola dos macacos'", explica a infectologista Melissa Valentini, do Grupo Pardini.

A vacina deve chegar ao Brasil a partir deste mês, segundo o Ministério da Saúde.

A princípio, serão priorizados no recebimento de doses os profissionais de saúde que estão mais expostos ao vírus, ou seja, aqueles que atendem pacientes diagnosticados ou atuam na manipulação de amostras do vírus.