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Pfizer prevê que vacinas bivalentes cheguem ao Brasil nas próximas semanas

Novo imunizante protege tanto contra a variante original da doença quanto contra a ômicron - EVANDRO LEAL/ESTADÃO CONTEÚDO
Novo imunizante protege tanto contra a variante original da doença quanto contra a ômicron Imagem: EVANDRO LEAL/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

23/11/2022 15h08Atualizada em 23/11/2022 15h14

A Pfizer informou que as duas novas vacinas contra covid-19 produzidas pela farmacêutica devem chegar ao Brasil "nas próximas semanas". Ontem, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou por unanimidade os imunizantes bivalentes, que protegem tanto contra a variante original da doença, quanto contra a ômicron.

"Estimamos que a chegada das vacinas BA.1 e BA.4/BA.5 ao Brasil seja realizada já nas próximas semanas, mas ressaltamos que a vacina monovalente original segue disponível para uso imediato nos postos de saúde e continuam sendo importante instrumento no combate à Covid-19, seja como esquema primário, assim como dose de reforço", disse a empresa, em nota.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, explicou hoje que o atual contrato da pasta com a Pfizer já inclui a compra das vacinas adaptadas para novas cepas do coronavírus. O chefe da pasta também pediu que a população se vacine contra a doença, devido ao novo aumento dos casos.

O apelo do ministro foi feito em sua conta no Twitter: "Venho mais uma vez fazer um apelo a todos os brasileiros: vacinem-se contra a Covid-19, atualizem a caderneta de vacinação contra a doença", escreveu.

Também na terça-feira (22) uma nova linhagem da ômicron foi detectada pela primeira vez no Brasil. Chamada de BN.1, a mutação foi descoberta inicialmente na Índia no fim de julho deste ano e chegou também nos Estados Unidos, Reino Unido, Áustria e Austrália.

O que são vacinas bivalentes? As vacinas bivalentes são imunizantes adaptados para proteger contra as formas da variante ômicron. Essas doses usam a mesma tecnologia das primeiras gerações - de RNA mensageiro -, que induz o organismo a sintetizar uma proteína e estimula o sistema imunológico a combater o novo coronavírus.

"Estudos mostraram que fazer vacina só com a ômicron dá menos proteção do que fazer combinada. Ou seja, manter a cepa original e incorporar a ômicron", explica o infectologista pediátrico Renato Kfouri, presidente do departamento de imunizações da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria).

Atualizar vacinas é algo natural. Basta pensar nas formas do imunizante para a gripe, geralmente modificado a cada nova campanha anual. Na covid-19, esse processo esperou até que uma cepa se mostrasse predominante, caso da ômicron. A África do Sul foi o primeiro país a reportá-la à OMS (Organização Mundial da Saúde), em 24 de novembro de 2021. Hoje, as suas subvariantes BA.1 e BA.5 são as de maior circulação. A primeira, inclusive, associada ao aumento de casos no Brasil.

Eficácia do imunizante. Na semana passada a Pfizer informou que a produção de anticorpos com o imunizante é nove vezes maior em adultos com 55 anos ou mais. Os resultados foram publicados na plataforma científica bioRxiv. Em comparação, a primeira versão da vacina aumentava a produção em aproximadamente duas vezes.